
O Boletim Focus do Banco Central trouxe piora nas projeções fiscais do mercado para 2023 e 2024. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 61,00% para 61,20%, ante 61,00% de um mês atrás. Para o próximo ano, o indicador passou de 64,20% para 64,50% do PIB, ante 63,90% de quatro semanas antes.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
Dificuldade para zerar o déficit
Para o próximo ano, a estimativa para a dívida líquida passou de 64,20% para 64,50% do PIB, ante 63,90% de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 seguiu em 0,80% do PIB. O déficit nominal projetado na Focus também se manteve em 6,80% do PIB. Há um mês, os porcentuais já eram os mesmos.
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No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já avisou que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”.
Fonte: Terra Brasil Notícias