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Mato Grosso já tem mais de 1 milhão de hectares destruídos por queimadas em 2022

Cinco municípios do Estado representam 21% do total de áreas atingidas pelo fogo em Mato Grosso: Tangará da Serra (64 mil ha), Paranatinga (47,6...

Mato Grosso já teve mais de 1 milhão de hectares atingidas pelas queimadas em 2022. A área afetada corresponde a quase 30% do total de focos na Amazônia Legal.

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 Os dados são do Instituto Centro de Vida (ICV), de levantamento elaborado com base em dados da plataforma Global Fire Emission Database (GFED/NASA), divulgadas nesta terça-feira (30).

Conforme o Instituto, o perído análisado foi entre 1° de janeiro e 7 de agosto e mostra que houve um aumento de 6%, comparado ao mesmo período de 2021. Dos 1 milhão de hectares destruídos pelo fogo em Mato Grosso, 60% está na Amazônia Legal, (618,6 mil ha), seguido pelo Cerrado, com 39% (404,3 mil ha), e o Pantanal, com 1% (6 mil ha). Comparado ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 6%.

O coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, explicou que os dados disponibilizados pela plataforma foram caracterizados de acordo com biomas e categorias fundiárias dos municípios.

“Essa análise de dados é importante porque dá uma dimensão total de áreas atingidas pelo fogo, tanto na Amazônia Legal, como em uma caracterização mais detalhada que a gente fez para Mato Grosso, o estado mais afetado pelo fogo. Essas informações servem para entender quais as áreas mais impactadas e, assim, direcionar políticas e ações de prevenção e combate aos incêndios florestais”, disse.

A análise ainda identificou que um em cada cinco hectares queimados na Amazônia Legal neste ano foi em áreas recentemente desmatadas, como é o exemplo do incêndio florestal ocorrido neste mês no Parque Estadual Cristalino II, no município de Novo Mundo (785 km de Cuiabá).

A pesquisa aponta os cinco municípios do Estado representam 21% do total de áreas atingidas pelo fogo em Mato Grosso: Tangará da Serra (64 mil ha), Paranatinga (47,6 mil ha), Colniza (41,5 mil ha), São Félix do Araguaia (33,2 mil ha) e Marcelândia (31,6 mil ha).

Os imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) foram responsáveis por 59% das áreas queimadas (607,2 mil ha), seguido pelas terras indígenas (230,5 mil ha) e pelas áreas não cadastradas (100 mil ha).

Em terras indígenas, a maior área afetada por incêndios foi a TI Paresi, com 61,7 mil hectares queimados. Em seguida, aparecem a TI Parabubure, com 39,4 mil hectares atingidos, e a TI Parque do Xingu, com 28,7 mil hectares.

Com relação às unidades de conservação de proteção integral e domínio público, atualização feita com base em imagens do satélite Sentinel-2 evidencia que quase 4 mil hectares do Parque Estadual Cristalino 2 foram afetados pelo fogo.

Situação grave também é da Estação Ecológica do Rio Roosevelt, em que 1 mil hectares foram queimados. Já nas unidades de conservação de uso sustentável, a mais atingida foi a Reserva Extrativista Guariba/Roosevelt, com 5,1 mil.

Fonte: Colíder News

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