
Vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, o deputado José Medeiros (PL) solicitou a suspeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que assumiu recentemente o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O pedido de suspeição foi encaminhado para o procurador-geral da República, Augusto Aras, com cópias para o STF e TSE. No documento, Medeiros alega que Alexandre de Moraes teria uma estreita relação com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que é pré-candidato à vice-presidência da República pelo PSB na chapa do ex-presidente Lula (PT).
Medeiros afirma que o ministro da Corte Suprema e Eleitoral “fora muitas vezes e por muitos anos escolhido para cargos de confiança quando do seu governo no Estado de São Paulo”.
O deputado bolsonarista lembra que Alexandre de Moraes já atuou como secretário de Estado de Segurança Pública do Estado de São Paulo (2014-2016), e da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo (2002-2005), ambos quando Alckmin exercia os mandatos de governador de São Paulo.
Medeiros também aponta uma série de Conselhos e Fundações que o magistrado ocupou muito antes de se tornar ministro do STF, com voto favorável do próprio Medeiros, quando era senador da República.
O deputado por Mato Grosso também lembra a recente decisão de Alexandre de Moraes que determinou a exclusão de publicações nas redes sociais com notícias falsas envolvendo a ligação entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o PT e o assassinato do então prefeito de Santo André Celso Daniel em 2002.
O parlamentar alega que a atuação de Alexandre de Moraes da Corte Eleitoral poderá “comprometer a lisura de um processo eleitoral sobremaneira é a atuação de um magistrado encarregado de julgar ações eleitorais propostas ou de interesse direto dos seus amigos íntimos, ou mesmo contra estes”.
“Contra o arbítrio não há argumento, prova ou fato que prospere. De forma que, caso permaneça o citado Ministro em atuação nas causas de seus amigos íntimos ou inimigos capitais a Justiça Eleitoral não será imparcial”, completa o documento.
Fonte: A Gazeta Digital