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Rondonópolis: Laboratório Central – Irregularidades e diagnósticos comprometidos atendendo treze municípios da região incluindo: Alto Garças

O serviço desabilitado é referência e segue atendendo treze municípios da região incluindo: Alto Garças, Alto Araguaia, Araguainha

A gestão do ex-prefeito José Carlos do Pátio escondeu da população que, desde 2019, o Laboratório Central de Rondonópolis opera sem aprovação do Ministério da Saúde e está desabilitado no programa Qualicito. Desde então, vem realizando exames de citologia/papanicolau sob irregularidades.

Dentre os diversos apontamentos, destaca-se o baixíssimo índice de apenas 0,28% de diagnósticos HSIL, sendo que o padrão mínimo tolerável pelo Ministério da Saúde é de 0,4%.

Além disso, o laboratório não possui alvará sanitário, estrutura física adequada, colaboradores suficientes e médico responsável técnico registrado no CRM-MT.

A situação veio à tona através do processo judicial nº 1001818-41.2024.8.11.0003, no qual uma paciente busca indenização após receber diagnósticos errôneos por cinco anos consecutivos.

O serviço desabilitado é referência e segue atendendo treze municípios da região: Alto Garças, Alto Araguaia, Araguainha, Dom Aquino, Guiratinga, Itiquira, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, São Pedro da Cipa, Tesouro e Jaciara. Esses municípios integram o Programa de Pactuação Estadual denominado PPI.

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Desde que preenchidos os requisitos necessários, o PPI garante um repasse financeiro ao município como incentivo pelo serviço prestado. Segundo os últimos dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), através da “Planilha de Programação Ambulatorial dos Agregados de Média Complexidade por Referência (Quem me atende)”, o município deveria receber, na competência de setembro de 2024, o valor de R$ 152.680,16, correspondente a incentivo pelos serviços disponibilizados à população. Sem a habilitação, o município se torna inapto para receber o recurso e necessita custear do próprio caixa o pagamento dos referidos exames.

A situação é grave e, além de um eventual prejuízo financeiro diante da possível ausência de repasse financeiro ou repasse irregular pelo estado de Mato Grosso, o grande cerce na desabilitação é a qualidade duvidosa dos serviços prestados para a população regional, visto que o exame Papanicolau, quando feito de modo adequado, evita que as mulheres desenvolvam o câncer de colo uterino.

Para melhor compreensão da situação, exames resultantes em HSIL indicam a presença de lesões de alto grau, último estágio da doença provocada pelo HPV antes da evolução para um câncer.

 

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Com o índice de 0,28% de lesões detectadas, é como se, a cada 20 mil amostras analisadas, apenas 56 mulheres fossem detectadas, sendo que o mínimo tolerável seria de 80 mulheres diagnosticadas.

Com isso, apenas no diagnóstico HSIL, de acordo com o esperado pelo Ministério da Saúde, minimamente 24 mulheres deixaram de receber o diagnóstico assertivo e perdem a oportunidade de evitar o desenvolvimento de um câncer. Iremos acompanhar a situação.

Fonte: ATRIBUMAMT COM REDAÇÃO

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