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Sanidade: Órgãos orientam para manter raiva sob controle

Em Rondonópolis, no ano passado, foi confirmado um caso de raiva em um cavalo num sítio na Gleba Rio Vermelho

Os órgãos de zoonose de Rondonópolis alertam para a importância dos sitiantes, fazendeiros e população em geral informarem os casos de presença de morcegos no município para que os animais sejam testados contra raiva ou façam o controle da espécie, de forma a prevenir casos da doença em humanos. Somente em abril deste ano, três crianças morreram em Minas Gerais em decorrência de raiva e há mais um caso em investigação.

Aqui em Rondonópolis, no ano passado, foi confirmado um caso de raiva em um cavalo num sítio na Gleba Rio Vermelho, a poucos quilômetros da cidade. Foram tomadas as medidas sanitárias, como vacinação de todos os animais num raio de 10 quilômetros e a população foi devidamente informada e vacinada. Nenhuma pessoa foi contagiada.

Para manter a doença sob controle, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) faz o controle da população de morcegos, com a captura de um animal que é usado como transporte da pasta vampiricida para o ninho. Como possuem o hábito de um lamber o outro, acabam morrendo, o que impede que a família aumente.

Desde o caso de raiva num cavalo, a ação já foi feita em Rondonópolis, Poxoréo, Tesouro e Alto Garças. Todo o procedimento é feito por médicos veterinários. “As pessoas nos ajudam muito a controlar a espécie se nos fornecerem informações dos locais onde os morcegos estão. Assim faremos a visita e tomaremos as medidas necessários para o controle da população”, afirmou o coordenador Regional do Indea, Ricardo Oliveira Alves.

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Ele lembra que o contágio dos animais para os seres humanos é via morcego, incluindo as fezes do hematófagos Desmodus, ou por outros animais contagiados como gatos, cachorros ou cavalos.

Os sintomas nos animais com raiva são tristeza, isolamento e descontrole das patas. Para identificar a doença e fazer a notificação, o Indea aguarda a morte do animal para retirar o cérebro e mandar para análise.

Se o ser humano for infectado, o quadro é gravíssimo e requer tratamento específico para a doença. A transmissão do vírus da raiva ocorre através da saliva do animal contaminado, o que requer cuidados, principalmente em casos de mordidas de gatos e cachorros que não tomaram vacina antirrábica. De 2010 para cá, 43 casos de raiva humana foram registrados pelo Boletim Epidemiológico no Brasil, três deles neste ano.

CUIDADO
Outra forma de contágio é com contato com as fezes dos morcegos. Daí a importância de se evitar visitas em locais onde eles estão, como cavernas, por exemplo.

O gerente da Vigilância Ambiental do Município, Wagner Santos, ressalta que seis morcegos foram retirados da caverna da Estrada do Peixe. “Coletamos e retiramos sangue deles para a análise, mas nenhum apresentou a doença. Mas é importante lembrar a população para não entrar na caverna”.

FONTE: Patrícia Casali |A TRIBUNA

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