
Parte da bancada bolsonarista do Partido Liberal de Mato Grosso, declarou que apoia a decisão do presidente nacional da sigla, em ingressar com uma representação eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificação extraordinária na qual questiona o resultado do segundo turno da eleição presidencial, mesmo que isso custe o mandato de todos.
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As declarações passaram ocorrer desde a tarde da ultima terça-feira (22), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes dar 24 horas para a sigla do presidente apresentar um relatório completo sobre o suposto mau funcionamento das urnas.
Na noite desta quarta-feira (23), o ministro rejeitou a ação do PL e impôs multa de R$ 22,9 milhões à coligação de Jair Bolsonaro por litigância de má-fé.
A deputada federal Amália Barros (PL) nesta terça-feira por meio do seu perfil no Instagram disse não temer perder o mandato que ainda nem assumiu e argumentou que o objetivo do partido é transparência.
“A gente tem como foco e objetivo a transparência das eleições e o futuro do nosso País. Isso não gerará uma reação politica dentro do PL, a gente está junto em busca de mais transparência de todo processo eleitoral” afirmou em um vídeo.
O deputado federal José Medeiros (PL) também foi às redes para criticar o ministro do STF afirmando que se fosse necessário estaria pronto para enfrentar uma nova disputa. “Recebemos com um misto de espanto a decisão do ministro Alexandre de Moraes. É um absurdo, parece uma tentativa de amedrontar para que o PL e que haja o recuo por medo de perder seus cargos.
Da minha parte se a tentativa é amedrontar, digo: se precisar disputar eleição amanhã, eu disputo. O que a população brasileira quer é transparência”, disse. Outro federal que se manifestou em apoio a Bolsonaro, foi Abílio Brunini (PL), que publicou um vídeo dizendo não temer a perda de mandato.
“Se for necessário passar por novas eleições para ser solucionadas as falhas apontadas, tô pronto! Quando fui candidato a deputado federal, tive o apoio do presidente Bolsonaro e sei que isso foi fundamental até para eu ter um partido para disputar. Então capitão conte comigo.
Estou junto para o que der e vier”, postou. Procurada, a deputada eleita, coronel Fernanda (PL), também afirmou que não teme perder o cargo, e que apoia o partido, em qualquer decisão. “Não tenho nenhum receio, o que importa mesmo é ter a certeza que o processo eleitoral ocorra de forma transparente, por isso que nós nos colocamos à disposição da sociedade através da política”, disse.
Em âmbito estadual, o deputado reeleito, Gilberto Cattani que o resultado da possível verificação não causa medo e que, como patriota, deseja eleições limpas.
“Nós temos que defender a nossa pátria acima da nossa candidatura, da nossa eleição, do nosso cargo. Nenhum de nós que somos patriotas pensamos nisso. Nós queremos eleições limpas, só isso que nos interessa. O resultado disso não nos causa medo e não tem problema nenhum para nós”.
Entenda O PL pede a anulação de 279.336 urnas eletrônicas, que são de modelos anteriores ao 2020. O partido alega que ocorreram falhas insanáveis, que colocam em risco o resultado do pleito. Para a sigla, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ganhado as eleições com 51,05% dos votos.
A ação faz parte de uma sequência de movimentações do partido que lançou Jair Bolsonaro como candidato à Presidência da República neste ano.
Em setembro, dias antes da votação, o PL lançou uma nota, que não estava assinada, questionando a integridade do sistema eleitoral.
O texto falava em um relatório de auditoria que apontava fragilidades de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.
Na semana passada, um documento que circulou na imprensa apontava que o PL pediria a anulação dos votos apontando supostas falhas no sistema das urnas e no registro de número de patrimônio dos equipamentos.
Fonte: Colíder News