Polícia investiga suposto desafio na internet por trás de ameaças em escolas
Militares têm atuado no trabalho preventivo para reforçar a segurança nas escolas e orientar os próprios alunos

Acriação de um suposto desafio na internet é uma das linhas de investigação para explicar a onda de ameaças de massacres em escolas de Mato Grosso. Pelo menos quatro casos do tipo já foram registrados em colégios do Estado, assustando pais e alunos.
De acordo com o delegado Jefferson Dias, coordenador da Polícia Comunitária, o caso já foi repassado para a Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
Agora, a Polícia Comunitária tem atuado no trabalho preventivo, tanto para reforçar a segurança nas escolas, como orientar os próprios alunos quanto a este comportamento. Um dos primeiros casos ocorreu no dia 11 de abril, na Escola Estadual Paciana Torres de Santana, em Cuiabá.
Montagem/ Rodinei Crescêncio
As ameaças também têm semelhanças entre si: todas são escritas na porta dos banheiros das escolas. Na Escola Estadual Paciana Torres de Santana, a situação começou quando um dos estudantes encontrou a ameaça escrita na porta de uma das cabines do banheiro masculino. Na mensagem, a pessoa escreveu: “cuidado, massacre. A morte está por perto” – saiba mais aqui e aqui.
Em seguida, outros colégios, entre particulares e públicos, registraram ocorrências do tipo. A última foi o Sesi Escola, que também teve uma porta do banheiro pichada, dizendo que o massacre seria no dia 23 de maio.
Porém, essa brincadeira de mau gosto traz consequências. A Comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB) lembra que propagar atentados pode gerar responsabilização criminal e pena para os pais do aluno autor.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) também orienta que, de acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, pichação em patrimônio público é crime ambiental e de vandalismo, com pena de detenção de 3 meses a um ano, além de multa.
Fonte: RD News