
A Polícia Federal deflagrou em Mato Grosso, nesta terça-feira (18), uma nova fase de operação com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A rede clandestina atuava frustrando a efetividade de operações policiais, prejudicando investigações importantes. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Tocantins.
Outras medidas cautelares foram aplicadas, como afastamento de funções públicas, proibição de contato, proibição de saída do país e recolhimento de passaportes. A operação teve origem na apreensão do celular de um advogado, morto em Cuiabá em dezembro de 2023.
A primeira fase da operação, em 26 de novembro de 2024, cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um lobista e 23 mandados debusca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. Alvos da primeira fase passaram a usar tornozeleiras eletrônicas por decisão do STF.
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As investigações revelaram um esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, através de decisões favoráveis. Também são apuradas negociações para vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais. A operação continua em andamento, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.
Fonte: CENÁRIOMT