Polícia Civil estoura esquema de falsas cartas de crédito e apreende bens de luxo em Rondonópolis
Operação interestadual desarticula grupo que causou prejuízo de R$ 1,5 milhão; mandado foi cumprido em condomínio e apreendeu Rolex, Onix e R$ 1,8 mil em espécie

Uma megaoperação de combate a fraudes financeiras e lavagem de dinheiro, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul na quinta-feira (4), teve desdobramentos importantes em Rondonópolis. A Operação Castelo de Cartas cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um homem de 30 anos em um condomínio fechado no bairro Vila Planalto, desarticulando um dos braços de um grupo criminoso que atuava em diversos estados do país.
A ação em Rondonópolis foi executada por uma equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). O alvo e sua esposa, de 33 anos, já possuíam histórico policial, tendo sido investigados anteriormente em uma operação da Polícia Federal.
Apreensões: Luxo e Provas do Crime
A busca na residência revelou um padrão de vida incompatível e resultou na apreensão de diversos bens de valor e documentos que podem comprovar a atividade ilícita. Os policiais recolheram:
- Um veículo Chevrolet Onix;
- Um relógio com caixa da marca Rolex;
- 10 itens dourados, entre correntes e pulseiras;
- R$ 1.850,00 em espécie;
- Dois cheques em nome de terceiros, totalizando R$ 9.000,00;
- Equipamentos eletrônicos: um notebook, um monitor Asus, três iPads e três celulares;
- 17 cartões bancários e cadernos de anotações financeiras.
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O Golpe: “Cartas Contempladas”
As investigações apontam que a organização criminosa operava de forma estruturada e contínua, aplicando golpes baseados na venda de falsas “cartas de crédito contempladas”.
As vítimas, muitas vezes em busca do sonho da casa própria, eram enganadas por uma promessa de facilidade que se revelava uma fraude.
O grupo também promovia negociações ilícitas de veículos.
O prejuízo identificado até o momento supera a marca de R$ 1,5 milhão. O nome da operação, “Castelo de Cartas”, é uma alusão direta à fragilidade do esquema e à frustração das vítimas.
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Conexões e Lavagem de Dinheiro
O trabalho de inteligência, com apoio do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (Lab-LD/Dracco) do MS, descobriu que o núcleo operacional sul-mato-grossense mantinha conexões diretas com investigados de Rondônia. Alguns desses suspeitos já haviam sido alvos da Operação Carga Prensada da PF em 2021, ligada a crimes pesados como tráfico de drogas e comércio ilegal de armas.
Para ocultar a origem do dinheiro, o grupo realizava inúmeras transações bancárias utilizando contas de terceiros (“laranjas”), incluindo familiares e empregados.
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Bloqueio Milionário
Visando garantir o ressarcimento das vítimas, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 7.524.805,40 das contas dos investigados, um montante cinco vezes superior ao prejuízo inicial, demonstrando o foco na descapitalização da quadrilha.
A operação, coordenada pelo Dracco-MS, faz parte da 3ª Operação Renorcrim, uma mobilização nacional de enfrentamento às organizações criminosas promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, foram cumpridos mandados no Distrito Federal, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
Fonte: A Tribuna










