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MT: Instituto prevê 2022 desafiador para agricultura

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou no ultimo dia (14/12) uma visão geral do que a agricultura e a pecuária de Mato Grosso podem esperar para 2022, o que está acontecendo no mercado internacional, na economia brasileira e os impactos para as principais cadeias produtivas do estado. Teve a participação do presidente do Sistema Famato, Normando Corral, do superintendente do Imea, Cleiton Gauer, e da coordenadora de Desenvolvimento Regional, Vanessa Gasch.

O ano de 2021 para o setor está terminando no geral melhor do que 2020, quando começou a pandemia. Em relação à atividade do agro, o setor tem ido bem e contribuído às necessidades do mundo para alimentos”, avaliou o presidente Normando Corral na abertura do evento.

Segundo o instituto, a safra de soja 2021/2022 do estado deve atingir 38,14 milhões de toneladas – um crescimento de 5,5% em relação ao ciclo anterior. A área destinada ao cultivo da oleaginosa está estimada em 10,85 milhões de hectares, representando um aumento de 3,6% em comparação à safra passada.

“Este crescimento da produção é reflexo dos preços e da demanda mundial elevada, assim como o adiantamento do período das chuvas, que colaborou para o avanço da semeadura em tempo recorde em Mato Grosso”, afirmou o superintendente.

As previsões de chuvas para o início de 2022 continuam indicando volumes acima da média dos anos anteriores, especialmente no período da colheita, o que deve ficar no radar dos produtores. Outro ponto que merece alerta são os custos de produção. Segundo Gauer, os preços dos insumos já indicam aumento de custos para os agricultores e isso pode comprimir a rentabilidade do setor na próxima temporada. Diante deste cenário, as vendas antecipadas para a próxima safra ainda caminham lentamente.

O alerta especial é para os custos da safra 2022/2023, semeada somente a partir de setembro de 2022, que já se apresentam mais elevados. No cenário atual a expectativa do instituto é que o custo operacional total para a produção de um hectare de soja seja de R$ 4.357,16 na safra 2021/2022 e suba para R$ 6.146,03 no ciclo 2022/2023. No caso do milho, a previsão é passar de R$ 3.563,51 para R$ 4.448,53 no mesmo período. E para o algodão a estimativa é aumentar de R$ 14.853,53 para R$ 16.576,03 por hectare.

“A certeza que o produtor tem hoje é de um custo mais elevado. O próximo ano será desafiador. O produtor precisará ter o controle de tudo e verificar se vale a pena fazer determinado investimento. Não existe um ano certo para investir, mas existe a estrutura e o momento certo para cada produtor. É necessário ficar atento às condições e não dar passo maior do que a perna”, destacou Gauer.

Fonte: A Tribuna MT

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