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Números da COVID-19 são os mais preocupantes desde julho

Desde o último dia 11 até este domingo (18), cerca de 36 mil novos casos foram registradoso, maior patamar em cinco meses

O Brasil termina 2022 com uma provável terceira onda de casos de Covid-19. Dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) mostram que a média móvel diária atual de novos casos, desde o último dia 11 até este domingo (18) (cerca de 36 mil) está no patamar mais elevado desde o fim de julho – quando o país passava por um declínio do número de infecções da segunda onda.

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O tamanho e força dessa crescente, porém, ainda é difícil definir, uma vez que o número de testes positivos e internações vem crescendo a uma semana do Natal e situações inerentes a este época do ano devem influenciar. As viagens de férias, reuniões de amigos e familiares ajudarão na disseminação do vírus, assim como já se observou no fim de 2021 e começo deste ano.

Especialistas ressaltam que o número de novos casos certamente está subnotificado, já que muita gente não faz mais exames, e a popularização dos testes caseiros faz com que resultados positivos não sejam notificados aos governos. Ainda assim, outro indicador é mais fiel para mostrar o avanço da Covid-19 no Brasil neste momento: as internações por Srag (síndrome respiratória aguda grave).

Agravamento

O boletim InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mais recente alerta para o aumento de internações por complicações respiratórias em todo o país, principalmente entre adultos, sendo a principal causa (76,7% dos casos) a Covid-19.

Para o pesquisador da Fiocruz Leonardo Bastos, os indicadores de internações mostram “a ponta do iceberg, que são os casos graves”. “Mas talvez sejam mais relevantes, porque é o que pode causar uma superlotação em hospitais. Quando começamos a ver tendência de aumento de hospitalizações, tem que acender um alerta”, afirma.

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A epidemiologista e professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) Ethel Maciel ressalta o fato de uma grande parcela da população estar sem as doses de reforço da vacina anti-Covid.

“Infelizmente, ainda temos pessoas que não tomaram nenhuma dose de reforço e que acabam estando mais expostas, porque neste momento já sabemos que para se considerar alguém vacinado, precisa-se de pelo menos três doses. O esquema básico [de imunização] mudou com as variantes de preocupação”, observa.

Vacina e fim de ano

O vacinômetro do Ministério da Saúde mostra que 39,2 milhões de doses de segundo reforço haviam sido aplicadas até 15 de dezembro. O primeiro reforço foi aplicado em 101,9 milhões.

Diante deste cenário, os dois especialistas já adiantam que a Covid-19 deve continuar se disseminando neste fim de ano. “A gente vai esperar neste Natal e Ano-Novo um aumento de casos. E uma preocupação sempre maior com os nossos mais vulneráveis, os idosos, imunossuprimidos, as pessoas que precisam de uma proteção maior”, complementa Ethel.

Por outro lado, o cenário é mais otimista do que há um ano, diz o pesquisador da Fiocruz. “Não é como no ano passado, quando chegou uma variante completamente nova [Ômicron]. Agora, é uma subvariante da Ômicron, mas continua sendo Ômicron.” Dados da Rede Genômica Fiocruz mostram que, em novembro deste ano, três subvariantes da Ômicron predominavam no país: BQ.1.1 (34,3%), BA.5.3.1 (14,1%), BQ.1 (14%).

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Embora sejam mais transmissíveis, estas subvariantes não se mostraram mais perigosas do que as que que circularam anteriormente. O pesquisador acrescenta que, normalmente, as curvas de casos de Covid-19 no Brasil duram cerca de oito semanas, entre subida, pico e descida. Se isto se confirmar nesta onda, iniciaríamos o ano em queda, mas esta não é uma garantia.

Óbitos

O que tem sido observado desde a onda do meio do ano no Brasil é que as vítimas da Covid-19 voltaram a ser majoritariamente os idosos e pessoas com alguma imunossupressão. Mesmo com esquema vacinal completo, esses indivíduos não desenvolvem a mesma resposta imunológica contra o vírus em relação aos adultos saudáveis, por exemplo.

Entretanto, alguns adultos com esquema vacinal incompleto também estão sujeitos a complicações causadas pela Covid-19. Bastos ressalta que tem sido observado, embora em menor número, aumento do número de internações de pessoas entre 40 e 60 anos. “O número é um pouco menor, mas aquela tendência de subida está ali.”

A média diária de mortes pela doença voltou a ficar acima de cem nesta semana, após três meses abaixo desse patamar, segundo o Conass. Em Mato Grosso, nos últimos dias, alguns prefeitos decretaram obrigatoriedade no retorno do uso de máscaras, como medida preventiva.

Fonte: Minuto MT

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