
Entre adolescentes, mulheres ‘fogem’ mais, enquanto homens adultos são os que mais desaparecem.
Dados do Núcleo de Desaparecidos, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), apontam que meninas de 0 a 17 anos desaparecem mais do que meninos da mesma idade. Em contrapartida, homens de 18 a 64 são as maiores estatísticas, registrando 59% do total de desaparecidos
Segundo levantamento semestral do NPD, de janeiro a junho de 2021, 69 meninas foram dadas como desaparecidas, enquanto 29 meninos foram registrados. Isso significa dizer que meninas desaparecem 70% a mais que os rapazes.
Esses desaparecimentos se devem geralmente por questão de comportamento, explica o Núcleo de Desaparecidos. Enquanto adolescentes, as mulheres costumam sair de casa e não dar notícias para os pais, seja para visitar colegas, namorados ou quando brigam com eles. Também costumam “fugir” mais, por diversos motivos.
Entretanto, a grande maioria volta para a família e os dados demonstram isso. Conforme o levantamento, apenas 3 adolescentes não retornaram para casa. Entre os homens, não há registro de rapazes que continuam desaparecidos.
Já entre adultos, o quadro se inverte. Enquanto há 66 mulheres de 18 a 64 anos desaparecidas, 156 homens também não dão notícias. Ou seja, também são 70% do número de adultos desaparecidos.
Nesse caso, a maior parte de homens desaparecidos são usuários de drogas, que acabam não retornando para a família. Ainda permanecem sem paradeiro 21 homens adultos, enquanto 6 mulheres não dão notícias.
Entre idosos acima de 65 anos, nenhuma mulher desapareceu entre janeiro a junho de 2021, porém, 15 homens foram dados como desaparecidos. A Polícia Civil encontrou 10 deles. Idosos são os casos mais urgentes dos investigadores, com buscas realizadas 24 horas.
Com idade ignorada – quem registrou o boletim não sabe a idade do desaparecido – há 4 pessoas, sendo 3 homens e uma mulher. A Polícia Civil localizou apenas dois homens.
Ainda conforme o levantamento, 339 pessoas foram registradas como desaparecidas, sendo 203 homens e 136 mulheres – 59% dos desaparecidos são homens.
Entretanto, o Núcleo de Desaparecidos localizou 300 pessoas no primeiro semestre, com o saldo positivo de encontrar quase 90% dos desaparecidos. Destes, apenas 9 foram encontrados sem vida.
O Núcleo de Desaparecidos já produziu 585 relatórios de investigação, anexados em todos os boletins de ocorrência.
Por: Vitória Lopes
Fonte: Gazeta Digital