Mais de 6,7 milhões de raios atingem cidades de MT e levantam alerta
O estudo realizado pelo Inpe foi compilado por uma equipe de serviço especializada contratada pela Energia.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que mais de 6,7 milhões de raios foram registrados em Mato Grosso entre janeiro e junho deste ano. O número revela uma alta em relação ao mesmo período de 2021 e levantam um alerta entre os especialistas.
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Com a chegada da primavera nesta quinta-feira (22), que corresponde ao início da temporada de chuvas em Mato Grosso, cresce o temor em torno das descargas elétricas, sobretudo por conta da possibilidade de desabastecimento das redes de energia.
O estudo realizado pelo Inpe foi compilado por uma equipe de serviço especializada contratada pela Energia. Segundo os profissionais, mais de 600 mil raios foram registrados a mais no 6 primeiros meses deste ano em relação a 2021.
“A gente sabe que o fim do inverno é marcado por chuvas aqui no estado. Por isso, já prepara a nossa equipe e tem investido em tecnologias de monitoramento”, explica coordenador de operação Paulo Teixeira.
Nos últimos dias, técnicos da empresa tiveram que atuar para restabelecer o fornecimento após temporais em todas as regiões do estado, com a incidência de ventos acima dos 60 quilômetros por hora e queda até de granizo.
Além disso, uma força-tarefa também fez a poda preventiva de vegetação. Só no primeiro semestre, 780 mil imóveis tiveram o fornecimento prejudicado pela interferência de árvores na rede.
“Esse é um tema muito importante. Os ventos, que muitas vezes são muito fortes, podem lançar objetos sobre as redes de energia, provocar a queda de árvores e galhos sobre carros e casas. Por isso, é preciso ficar atento”, disse o coordenador.
“A manutenção preventiva de árvores deve ser feita pelo poder público em lugares como ruas, praças e avenidas. Já em espaços privados, pelo dono da área. A Energisa atua quando a vegetação está tocando ou muito próxima dos fios. Ou em áreas de passagem de redes ou estruturas elétricas, como subestações”, destacou.
Fonte: Colíder News