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O ministro da Justiça de Lula Veja e entenda

Flávio Dino pretende reprimir os clubes de tiro, mas não diz uma sílaba a respeito dos mais de 20 mil assassinatos por ano no Brasil

(J.R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo em 12 de dezembro de 2022)

novo ministro da Justiça, que oficialmente é o responsável no nível federal pelas questões que envolvem a segurança da população, deu uma prova claríssima, antes mesmo de assumir o seu cargo, do que os brasileiros podem esperar nessa área do governo Lula. A primeira medida que prometeu tomar é reprimir os clubes de tiro e os proprietários de armas de caça; vai eliminar, segundo anunciou, a legislação “desvairada” que permite a prática legal de suas atividades. É, realmente, uma coisa extraordinária: o ministro da Justiça acha que o pior problema para a segurança do cidadão deste país e de suas famílias não é o crime ou os criminosos, mas o tiro ao alvo. Nada oprime a população de maneira tão cruel quanto os bandidos armados — pode existir alguma dúvida quanto a isso? Só no primeiro semestre de 2022, pelos números já fechados até agora, houve mais de 20 mil assassinatos no Brasil; mais de 100 pessoas perdem a vida por dia. O novo ministro, porém, não diz uma sílaba a respeito disso. Na sua opinião, a prioridade é ir atrás das pessoas que atiram por esporte e não matam ninguém. No clube os sócios atiram num alvo; caçador atira em bicho. O ministro acha que essas coisas são um horror. Bandido atira em gente. Aí ele acha que está tudo bem.

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Isso não tem absolutamente nada a ver, é claro, com segurança pública. Um governo que de fato se preocupe com a segurança das pessoas pensa em medidas contra quem pratica crimes. Pensa em leis que recuperem a ideia de que o crime é um mal e que os criminosos têm de ser combatidos, e não protegidos e estimulados pela impunidade como acontece hoje. Pensa em melhorar, incentivar e respeitar o trabalho da polícia. Pensa que o cidadão tem o direito constitucional à vida e à integridade física. Lula e o consórcio que o apoia acham o exato contrário de tudo isso. O criminoso, no seu entender, é sempre uma vítima “da sociedade”, e a proteção dos seus direitos, e não a dos cidadãos, deve ser a preocupação central da política de segurança do Estado. Trata-se de ideologia esquerdista em estado puro — o perigo, na sua visão totalitária, é o cidadão de bem que tem armas, e não o criminoso que mata, assalta e estupra. Segundo este entendimento do mundo, quem ameaça a segurança da “democracia popular” é ele, mais a polícia; ambos, portando, têm de ser desarmados. Nada mais perigoso, para a esquerda, do que uma pessoa que possa se defender.

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O crime violento, no Brasil, tira a vida, a saúde e a propriedade dos pobres e da classe média; os ricos, os importantes e as autoridades têm segurança particular armada, e quase nunca lhes acontece nada. Há poucos exemplos de injustiça social tão escandalosos quanto esse – principalmente quando se leva em conta que a segurança privada da autoridade pública é paga pelos que são assassinados, roubados e violentados todos os dias. Para o ministro da Justiça do novo governo, é assim que as coisas devem continuar pelos próximos quatro anos. Para os criminosos, “desencarceramento”, como propõe o ministro Lewandowski, audiência de custódia e absolvições nos altos tribunais da República. Para os brasileiros que cumprem a lei mas cometem o crime de ter uma arma, todos os rigores da repressão.

Fonte: Revista Oeste

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