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Inadimplência de pessoas físicas tem alta e atinge 71,78 milhões de consumidores no país, aponta CNDL e SPC Brasil

O número de consumidores brasileiros com contas em atraso registrou um aumento de 9,20% em agosto de 2025

O número de consumidores brasileiros com contas em atraso registrou um aumento de 9,20% em agosto de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. O Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e revelou que a variação mensal teve alta de 0,71% em relação a julho deste ano.

O levantamento estima que o Brasil tinha, em agosto, 71,78 milhões de consumidores negativados, o que representa 43,13% da população adulta do país.

A alta anual de devedores foi impulsionada, principalmente, por dívidas com tempo de atraso de três a quatro anos, que tiveram um crescimento de 39,69%. Além disso, a participação no total de inadimplentes é maior para as dívidas de um a três anos, que correspondem a 36,19% do total. O tempo médio de atraso é de 28,4 meses (2,4 anos).

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“Os dados de agosto de 2025 mostram um cenário desafiador. O aumento da inadimplência, e o fato de quase metade da população adulta estar negativada, são sinais de que as famílias brasileiras continuam com dificuldades para reequilibrar suas finanças. A alta expressiva em dívidas de três a quatro anos sugere um problema estrutural de longo prazo, onde o consumidor se vê preso em um ciclo de endividamento do qual é difícil sair. É urgente que as políticas públicas e o setor privado foquem em educação financeira e em soluções de renegociação que ofereçam um alívio real para essas famílias, permitindo que retomem o consumo de forma saudável e contribuam para o crescimento econômico do país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Dívidas por região, faixa etária e gênero

A região Centro-Oeste apresentou o maior aumento anual de devedores, com 9,10%, seguida por Sudeste (8,63%), Norte (8,08%), Nordeste (7,64%) e Sul (5,37%).

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (17,04%), seguida pelo Sudeste (15,94%), Norte (15,68%), Nordeste (13,68%) e Sul (12,11%).

 

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No total, o Sudeste concentra a maior quantidade de devedores, com 30,93 milhões de pessoas. Já a região com a maior proporção de inadimplentes em relação à população adulta é o Centro-Oeste, onde 46,58% estão negativados.

O estudo também destaca que a maior concentração de inadimplentes está na faixa etária de 30 a 39 anos, com 17,67 milhões de pessoas, o que equivale a 52,07% da população nessa faixa.

A idade média do devedor é de 44,9 anos. A distribuição por gênero permanece equilibrada, com 51,12% de mulheres e 48,88% de homens inadimplentes.

“A concentração de devedores na faixa de 30 a 39 anos, é um ponto de atenção. Essa parcela da população tem grande importância para o mercado de consumo, e sua dificuldade em quitar as dívidas impacta diretamente a economia. A alta do número de dívidas em atraso no setor de bancos, que cresceu 19,14%, reforça a necessidade de um olhar cuidadoso sobre o crédito. Precisamos garantir que a oferta de crédito seja responsável e que o acesso à informação ajude o consumidor a tomar decisões mais conscientes, prevenindo o superendividamento”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Valor e setor das dívidas

Em agosto de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil cresceu 15,86% em relação ao ano anterior. Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas apresentou alta de 1,42%. O valor médio da dívida por consumidor negativado era de R$ 4.758,04.

Quase três em cada dez consumidores (30,39%) tinham dívidas de até R$ 500,00.

O setor bancário continua a ser o principal detentor de dívidas em atraso, respondendo por 66,52% do total. Em seguida, aparecem Água e Luz (10,15%), Comércio (9,34%) e Outros (8,25%).

Fonte: Cenario/MT

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