Coronavírus: com mais de 140 mil mortos, Brasil tem média móvel de 693 óbitos por dia

País registrou 4.692.579 casos desde o início da pandemia, segundo consórcio de veículos de imprensa
O Globo
25/09/2020 – 20:00
/ Atualizado em 25/09/2020 – 21:08
RIO — Mais de 140 mil pessoas já morreram por coronavírus no Brasil. A marca foi atingida esta sexta-feira, segundo consórcio dos veículos de imprensa. Foram registradas, nas últimas 24 horas, 32.670 novos casos e 826 novos óbitos.
De acordo com o boletim, o país conta agora com 4.692.579 ocorrências e 140.709 mortes provocadas pela pandemia, que chegou ao país em fevereiro.
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O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.
A média móvel de óbitos, por sua vez, é de 693. A variação em relação a duas semanas é de apenas -4%. Qualquer valor entre -15% e 15% indica estabilização.
A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda.
O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
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O Brasil tem quatro estados com tendência de alta na médias móveis de mortes por Covid-19: Amapá, Bahia, Rio de Janeiro e Roraima.
A tendência de queda é vista em nove estados, além do Distrito Federal: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
Treze unidades federativas seguem com o índice estável: Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.
Em entrevista ao GLOBO, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou que o país pode registrar 180 mil mortes por coronavírus até o surgimento de uma vacina. O número que se imaginava atingir era de 80 mil mortes.
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Exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro em abril, Mandetta escreveu um livro de memórias, “Um paciente chamado Brasil”, em que conta bastidores do combate à pandemia. O ex-ministro deixou o governo por por insistir em pregar distanciamento social contra o vírus e se recusar a liberar a cloroquina sem evidência de eficácia.
Bolsonaro liberou nesta quinta-feira R$ 2,5 bi para ingresso do país na aliança internacional por vacinas contra Covid-19, a Covax Facility. Segundo o governo, com isso, será possível “comprar o equivalente para garantir a imunização de 10% da população até o final de 2021”.
A Covax Facility é um consórcio internacional, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com outras entidades, para promover acordos multilaterais que acelerem a produção e distribuição de uma vacina contra a Covid-19.
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, a adesão “permitirá o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise”.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) produziu um documento em que faz alertas quanto ao retorno presencial das aulas nas escolas, além de uma série de recomendações para a retomada. Os especialistas apontam que a elaboração do protocolo para uma volta segura deve considerar as condições epidemiológicas locais, como a baixa taxa de transmissão do novo coronavírus e as condições da infraestrutura dos serviços de saúde, assim como a oferta de leitos de UTI.
Entre as ações sugeridas estão o uso de máscaras, a manutenção do distanciamento de até dois metros entre as carteiras, a triagem de sinais da Covid-19 e a reserva de um espaço nas escolas para atender os estudantes com sintomas da doença.Bolsonaro libera R$ 2,5 bi para Brasil aderir à aliança internacional por vacinas.