CidadesDestaqueMato GrossoNegóciosPolítica

Presidente da ALMT critica conservação da BR-163 e sugere que motoristas ‘rompam cancela’ veja e entenda

Ato citado pelo deputado caracteriza-se como infração grave de trânsito e prevê multa. Os motoristas que passam pelo trecho que liga Cuiabá a Rondonópolis afirmam que a pista está cheia de buracos.

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), disse em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (1°), que os motoristas não devem aceitar a cobrança de pedágio no trecho da BR-163, entre Cuiabá e Rondonópolis, e sugeriu que os condutores rompam a cancela. Ele afirmou que a rodovia é precária e que a cobrança não é compatível.

“Estou propondo que parem de pagar. Se eles não acharem uma solução, parem, não aceitem o pagamento. Não dá pra você ficar pagando algo por 10 anos, 15 anos e nada se faz. Rompe a cancela. Alguma coisa tem que ser feita. Não dá pra ficar do jeito que está”, disse Botelho.

 

“Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: Infração grave”.

Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;

Siga a nossa página do altogarcas.com no Facebook.

Saiba tudo do nosso site na pagina  do Twitter.

Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram

Conforme o CTB, o motorista que cometer essa infração é penalizado com cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23.

Praça de pedágio na BR-163 em MT — Foto: Rota do Oeste

Praça de pedágio na BR-163 em MT — Foto: Rota do Oeste

A cobrança de pedágios é uma forma de arrecadação de recursos que são destinados para a manutenção das estradas e oferta de serviços de primeiros socorros. No entanto, os motoristas que passam pela BR-163, entre Cuiabá e Rondonópolis, reclamam das condições da via devido aos buracos. 

O deputado Thiago Silva (MDB) disse que já acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que interceda e abra as cancelas até que se resolva o problema da administração da rodovia.

“A gente sabe da calamidade, da precariedade dessa BR. Entramos com representação há 10 dias junto ao MPF pedindo a suspensão do pedágio até que se decida sobre a responsabilidade. Queremos que se faça também o recapeamento, porque o risco de acidente só tem aumentado. É injustificável que se pague um pedágio sem ter a manutenção da rodovia.”, disse ele.

Trecho que liga a Cuiabá a Rondonópolis está precário — Foto: ANTT/Reprodução

Trecho que liga a Cuiabá a Rondonópolis está precário — Foto: ANTT/Reprodução

De quem é a responsabilidade

 

A concessão da BR passa por um processo de transferência da concessionária Rota do Oeste para a autarquia MT Par, do governo estadual. A previsão inicial era de que a autarquia assumisse a concessão em 10 de fevereiro deste ano, mas o prazo foi prolongado para mais 60 dias. 

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que, por enquanto, a responsabilidade pela duplicação e manutenção dos trechos desse trecho da BR é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

“Neste trecho, a Concessionária Rota Oeste é responsável apenas pelo atendimento médico e mecânico. A Agência informa que já entrou em contato com o DNIT, que tomará providências para proporcionar a melhoria do pavimento no trecho”, disse.

————  CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE  ————

O DNIT informou, em nota, que já está em contato com a ANTT para ter uma previsão de quando a concessionária assumirá o trecho entre Cuiabá e Rondonópolis. Enquanto isso, o departamento disse que mantém três contratos de manutenção ativos para a realização de serviços na rodovia.

“Além disso, com a liberação de novos recursos com a PEC da Transição e a Lei Orçamentária Anual (LOA 2023) estão sendo concentrados mais esforços nos trabalhos que visam a melhoria da rodovia”, disse.

A concessionária Rota do Oeste disse que as tarifas cobradas nas praças de pedágio não incluem a manutenção da via, que desde a origem do contrato de concessão, em 2014, ficam a cargo do DNIT.

“Esclarecemos que os valores cobrados nas praças de pedágio refletem apenas os investimentos realizados pela Rota do Oeste na BR-163 e não incluem os serviços realizados pelo DNIT. Inclusive, o fato de haver investimento do Governo Federal em obras fez com que o valor pedágio pudesse ser um dos mais baixos do lote de concessões. Portanto, não é correto associar o pagamento de pedágio com as condições de manutenção do segmento”, explicou.

Reajuste da tarifa

 

O reajuste na tarifa do pedágio, publicado no dia 14 de fevereiro pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), deve valer somente após a efetivação da transferência de concessão da rodovia para a autarquia MT Par.

Até o fim das negociações entre o governo do estado e os bancos credores, a tarifa em vigor permanece sem alteração.

A atualização nos valores, segundo a concessionária Rota do Oeste, leva em conta a atualização atrelada à inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 a 2022, aferido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não foi previsto em contrato à época.

Fonte: G1MT

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor! Desbloqueie esse site para ter uma melhor experiência!