Etanol de milho: Usina pode colocar cidade na rota dos grandes investimentos
Investidores dos Emirados Árabes anunciaram o projeto de uma usina de etanol de milho em Rondonópolis, que deve consumir mais de R$ 1 bilhão de investimentos

Assim como as cidades mato-grossenses de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Primavera do Leste, entre outras, Rondonópolis também está entrando na rota dos investimentos bilionários na área de usinas de etanol a partir de milho, estruturas que tem ajudado a dinamizar a economia do Estado.
Nesta semana, investidores dos Emirados Árabes anunciaram o projeto de uma usina de etanol de milho em Rondonópolis, que deve consumir mais de R$ 1 bilhão de investimentos.
Conforme o vice-prefeito de Rondonópolis, Aylon Arruda, o empreendimento anunciado pelo fundo de investimentos dos Emirados Árabes é um caminho sem volta.
Ele conta que tem atuado na articulação junto a esses investidores para que invistam em Rondonópolis, mostrando que esse projeto faz todo o sentido em ser implantado na cidade, considerando a ampla oferta de matéria-prima em um raio de 100 quilômetros, no caso as plantações de milho; grande mercado consumidor para um dos subprodutos, no caso o DDG, usado na alimentação do gado; e a oferta de biomassa para produção de energia para operação da unidade, no caso de florestas plantadas.
Aylon Arruda atesta que o grupo árabe pretende investir até R$ 1,3 trilhão no Brasil até 2030, tendo já erguido uma usina de etanol em Jataí (GO). Para o empreendimento em Rondonópolis, atesta que o fundo investidor também abre 25% para cotistas, produtores ou empresários que queiram ser sócios da operação.

Objetivando entender melhor o mercado, informa que o grupo já se reuniu nesta quarta-feira (21) em Rondonópolis com produtores e entidades do agronegócio, como Aprosmat, Aprosoja, Coopercotton, Sindicato Rural e CooperFlora.
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O vice-prefeito avalia que a receptividade dos produtores e entidades da região foi muito positiva diante do investimento. Nesse sentido, expôs que o empreendimento seria um grande mercado para os associados da CooperFlora, com a produção de florestas plantadas, assim como a produção de DDG teria um grande mercado formado por cerca de 15 fábricas de ração na região, sem falar que a região sudeste do Estado é uma grande produtora de milho.
E é partir dos estudos do tamanho da produção de milho da região da grande Rondonópolis, segundo ele, que os investidores vão definir o tamanho do módulo industrial, capacidade de produção e valores a serem despendidos.
A projeção inicial é que a usina gere mais de 1.200 empregos diretos na fase de construção da planta industrial e, depois, entre 400 a 500 empregos diretos na operação.
Aylon assegura que vão ser quase R$ 500 milhões de impostos a serem gerados por ano aos cofres públicos. Contudo, o mais importante, segundo o vice-prefeito, é conseguir agregar valor na produção local, promovendo a industrialização da cidade e aumentando a renda da população.
Envolvendo todas as etapas necessárias, serão até dois anos para o começo das operações industriais. Além da produção de etanol de milho, o grupo também estuda fazer outros aportes na cidade, com um centro logístico para armazenamento de insumos e alimentos, e um Redex, um espaço especial para despacho aduaneiro de exportações.
A expectativa é que o grupo investidor retorne a Rondonópolis ainda em outubro próximo, visando agilizar as definições de escolha de área e possibilidade de consolidação de sócios e fornecedores. Além de todas as vantagens citadas, Aylon pontuou ainda que a cidade tem o terminal ferroviário para facilitar no escoamento da produção para o Brasil e o Mundo via trem.
FONTE: A tribuna MT