ESTADO PRÓSPERO – Impulsionado pelo agro e a industrialização, MT vive quase “pleno emprego”
Os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina apresentam índices de desemprego abaixo da média nacional, de acordo com o último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral. Os números indicam que esses estados vivem uma situação de quase “pleno emprego”.
O economista Vivaldo Lopes, entrevistado pelo Estadão Mato Grosso, atribui esse resultado à presença forte do setor agropecuário, que está impulsionando a economia desses estados, e à industrialização de alimentos e produtos ligados ao setor.
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No caso de Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso, a industrialização de alimentos, frigoríficos, processamento de soja e etanol de milho está em destaque. Além disso, Mato Grosso do Sul avança na industrialização de celulose, o que tem forte impacto na economia das pequenas cidades.
“A Suzano, que é a maior indústria de papel e celulose do Brasil, está construindo a segunda fábrica em Mato Grosso do Sul, em Ribas do Rio Pardo, uma cidade que tem 25 mil habitantes e a fábrica vai gerar dez mil empregos. Você vê que é um impacto muito forte na economia de uma pequena cidade”, afirma Vivaldo.
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Já em Mato Grosso, o “motor” da geração de emprego é principalmente a produção de etanol de milho, que tem avançado significativamente nos últimos anos, demandando profissionais e aquecendo os outros elos da economia, como o setor de serviços, venda de peças, venda de máquinas, dentre outros.
“Além de ser o maior produtor agropecuário, este ano Mato Grosso irá colher de 44 a 45 milhões de toneladas de soja. O estado está avançando na industrialização desses bens, como o processamento de soja, farelo e ração. Avançamos bem na industrialização do etanol de milho. Então, esses três estados têm em comum o setor agropecuário e a industrialização vindo em seguida”, pontua o entrevistado.
No caso de Rondônia, o estado vem se destacando na produção do agronegócio, pois terras que antes não eram produtivas passaram a ser cultivadas, iniciando o plantio de várias culturas, como arroz, feijão, milho e soja. Além disso, o estado possui um porto fluvial no Rio Madeira, em Porto Velho, que também contribui para a geração de empregos.
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Já em Santa Catarina, a economia é considerada “dos sonhos” por Vivaldo, que destaca a presença forte de todos os setores, com destaque para o agropecuário, a industrialização, a área de serviços, logística e turismo. Santa Catarina é pioneira na indústria tecnológica e tem uma das indústrias metalúrgicas mais fortes do país.
“Santa Catarina é a economia dos sonhos, porque é um estado pequeno territorialmente, altamente concentrado e que tem todos os setores atuando de forma forte, simultaneamente”, esclarece o economista. Além disso, SC possui os portos de Itajaí e Navegantes, o que contribui ainda mais para a atual situação.
Em 2022, Santa Catarina ficou em segundo lugar no ranking, com 3,2% de sua população na força de trabalho desempregada. Já Rondônia ficou em primeiro lugar, com 3,03% da população na força de trabalho desempregada. Mato Grosso do Sul vem em terceiro, com 3,3% da força de trabalho desocupada e Mato Grosso possui 3,5% da força de trabalho ociosa, ocupando a 4ª colocação.
“É um fato muito positivo para todos os estados e faz com que a gente preste atenção, pois um setor impulsiona vários outros. Em MT, o setor agropecuário impulsiona o setor de vendas máquinas, o setor de varejo, porque o setor agropecuário gera renda e as pessoas compram, porque elas precisam de maquinário, de manutenção e precisa das concessionárias”, afirma.
Por: Felipe Leonel
Fonte: | Estadão Mato Grosso
