Em vídeo, tio que abusou de sobrinha acusa avô de cometer o mesmo crime contra a menor
Na última semana, um crime bárbaro ganhou repercussão nas redes sociais. Uma menina de apenas 10 anos engravidou após ser violentada pelo próprio tio. No dia 17 de agosto, a menor foi submetida a um aborto autorizado judicialmente, pelo fato de a gravidez ter sido decorrente de um abuso.
De acordo com a coluna de Hugo Gloss, nesta terça-feira (18), o suspeito de cometer o crime foi capturado pela Polícia em Betim, Belo Horizonte, a cerca de 550 km de Vitória, onde a menor e a família residem. Segundo o delegado Alexandre Ramalho, o tio da menor confessou que o abuso teria ocorrido, além de acusar outros membros da família pelo mesmo crime.
Em entrevista ao jornalista Datena, o delegado Ramalho afirmou que a polícia sempre agiria de acordo com a lei, mas que o crime em questão causaria repulsa à instituição. Em vídeo gravado antes de ser preso, o suspeito afirma que se entregou à polícia para que os fatos pudessem ser esclarecidos.
Tio se defende através de vídeos
Ainda de acordo com a coluna de Hugo Gloss, o suspeito de 33 anos pede que a polícia investigue outros membros da família da menor, e que voltaria à unidade prisional por vontade própria.
Nas imagens de vídeo, o suspeito faz um apelo: “Uma coisa eu peço, da mesma forma que vão fazer exames meus, quero que façam o exame do avô dela e do filho do avô dela que moravam na casa”.
O suspeito afirmou, ainda, que estava se entregando a um agente policial, e que esperava que tudo desse certo.
Em outro vídeo divulgado, o suspeito contou que fugiu de Vitória por medo de perder a vida, e revelou que não seria tio biológico da menina. O homem disse, ainda, que a família teria planejado divulgar as informações sobre o abuso na mídia para que ele fosse visto como um “monstro”.
Acerca dos relatos da menor sobre ter sido abusada desde os 6 anos, o suspeito desmentiu os fatos, e revelou que estava preso neste período.
Histórico da menor
Ainda em entrevista a Datena, o delegado Alexandre Ramalho falou sobre o histórico social da menor. Segundo Ramalho, a mãe da menina faleceu e seu pai se encontra preso.
O delegado ressaltou que a menina vivia na presença de outros familiares e do suspeito, que já era envolvido com diversos crimes, tendo sido preso por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
O caso da menor gerou polêmica quando o aborto foi autorizado pela Justiça. Grupos políticos e religiosos se manifestaram em frente ao hospital onde a menina estava internada, a fim de impedir a interrupção da gravidez. A menor estava grávida de cera de 20 semanas. A polícia irá apurar as denúncias feitas pelo suspeito através das imagens de vídeos. Nos próximos dias, a menor deverá ser ouvida novamente e contar mais detalhes sobre os abusos sofridos.
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