Na segunda reunião ministerial do ano, na terça-feira (26), o Planalto definiu o novo slogan do governo: “Governo do Brasil do Lado do Povo Brasileiro”. A marca vai substituir o “União e Reconstrução” que, desde o início do terceiro mandato de Lula, nunca foi alterado.
O conceito do novo slogan vem da ideia de soberania, Justiça social, para mostrar que o governo tem lado e “cuida das pessoas”. A frase vai começar a sair nas peças publicitárias que vão ser divulgadas na próxima semana.
O slogan foi apresentado pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira. A avaliação interna feita foi que, depois de dois anos, Lula conseguiu “unir e reconstruir o país”, que essa etapa foi cumprida; e que, a partir de agora, é necessário “olhar para a frente” para a parte final do governo.
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Na abertura da reunião, Lula e quase todos os ministros estavam usando o boné com a frase “o Brasil é dos brasileiros”, que vai diretamente contra ao boné usado por pelo presidente americano, Donald Trump – e, depois, por alguns governadores brasileiros aliados de Jair Bolsonaro -, com a frase “Make America Great Again” (Tornar a América Grande Novamente).
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Reunião ministerial no Palácio do Planalto nesta terça-feira (26) — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Críticas à gestão Trump
Durante a reunião, o presidente deu destaque para a defesa à soberania nacional, fez críticas a Trump e à família Bolsonaro. Lula voltou a chamar Eduardo Bolsonaro de traidor da pátria e afirmou que ele deveria ser expulso da Câmara.
O chefe do Executivo ainda chamou a suspensão do visto do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, como um “gesto irresponsável”. Porém, a assessoria informou que Lewandowski não foi notificado oficialmente da suspensão.
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“Eu queria dizer ao companheiro Lewandowski da minha solidariedade e da solidariedade do governo por conta do gesto irresponsável dos Estados Unidos de caçar o teu visto. Na verdade, eu acho que eles estão deixando de receber uma personalidade da tua competência, da tua capacidade. Eu acho que é vergonhoso para eles e não para você. Você deve ter orgulho de saber o que você fez que fez com que os caras tivessem tanto ódio no Brasil que chegasse a suspender o visto do nosso ministro da Justiça. Essas atitudes são inaceitáveis, inaceitáveis não só contra o Lewandowski, mas contra o ministro da Suprema Corte e contra qualquer personalidade brasileira”, criticou.
Planos futuros
Na reunião, Lula ainda repetiu aos ministros o que tem sinalizado em eventos: que, se estiver bem e disposto, como agora, vai disputar as eleições em 2026 e disse que isso também vale a ministros que queiram se candidatar. Ele ainda cobrou da equipe que durante as cerimônias públicas não falem só das respectivas áreas, mas que defendam o governo e que tenham domínio “do todo” para divulgar os dados gerais, não só dos próprios ministérios.
Lula ainda disse estar satisfeito com os ministros, afirmou que não vê divisão de grupos políticos dentro do governo, e não indicou mudanças na equipe ou trocas em ministérios, apesar da insatisfação do União Brasil e do PP, que fazem parte do governo.
Já a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, indicou os projetos importantes do segundo semestre no Congresso e frisou os esforços para aprovar, por exemplo, a PEC da Segurança, a proposta do Imposto de Renda e a regulamentação das plataformas. O governo pretende enviar o texto das big techs nos próximos dias.
Fonte: CBN
