A economista Elena Landau, diretora de Desestatização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social da era FHC, criticou os 100 dias do governo Lula, nesta sexta-feira, 14. Elena observou que, até agora, o Poder Executivo apresentou apenas uma medida, a “PEC da Transição”.
“Desde então, não emplacou nenhum projeto novo”, constatou a economista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo. “Retomou programas sociais, mas sem incluir melhorias apontadas por vários especialistas. O Minha Casa, Minha Vida continua segregando trabalhadores, ao isolar suas moradias de serviços, lazer e trabalho. O Bolsa Família aumentou seu orçamento, contudo, não investiu em melhor focalização e capacitação.”
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Elena listou ainda uma série de iniciativas incompletas. “A medida provisória que reorganiza seus ministérios não foi apreciada”, disse. “Padilha ainda não mostrou serviço, apesar dos 37 ministérios. Na Esplanada, a paralisia está por conta de Rui Costa, esperando o fim da Lei das Estatais para distribuir cargos.”
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Conforme a economista, pouco se mostrou em áreas fundamentais, como a economia, a saúde, a educação e o meio ambiente. Elena disse que “não dá para atribuir, por mais tempo, essa lentidão à terra arrasada herdada”.
No segundo turno da eleição de 2022, a economista “fez o L”. Agora, após 100 dias do governo Lula, lembrou que o petista “ganhou raspando”, cobrou um governo melhor que anterior e resumiu: “Ao povão, a lama; aos amigos, cargos em estatais ineficientes”.
Fonte: Revista Oeste
