Economia: Setor imobiliário deve continuar aquecido em Rondonópolis

E o setor imobiliário em Rondonópolis deve se manter aquecido, além da influência do agro, por fatores nacionais como a estabilidade dos juros baixos, os movimentos migratórios causados pela pandemia e a grande oferta de crédito imobiliário.
Segundo especialistas, o mercado imobiliário nacional está otimista e prevê crescimento de mais de 30% este ano, depois do avanço de 57,5% em 2020. Só no primeiro trimestre deste ano, o volume de financiamentos à habitação cresceu 113% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A tendência, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), é que o setor continue aquecido, atendendo à demanda renovada pela pandemia. Segundo pesquisa da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o financiamento da casa própria movimentou R$ 43 bilhões e garantiu a venda de 187 mil unidades no 1º trimestre.
O volume de financiamentos – imobiliários – cresceu 113% no primeiro trimestre no País na comparação com igual período do ano passado segundo a Abecip. As operações entre janeiro e março atingiram o recorde de R$ 431 bilhões em unidades vendidas.
Carlos Paes Leme, superintendente da GVI, plataforma que comercializa ativos imobiliários das empresas Rodobens, comenta, por exemplo, que a empresa notou logo no início da pandemia o aquecimento no mercado nas cidades do interior onde atua. Em 2020, 83% das vendas da GVI foram em cidades do interior. Já neste ano, a tendência se repete e os imóveis no interior continuam respondendo pela maioria das vendas da empresa.
Para ele, a aceleração do mercado nessas cidades não foi, necessariamente, relacionada à pandemia, mas a uma série de fatores. Com a Selic baixa e a consequente desvalorização dos investimentos de renda fixa, os imóveis passaram a atrair investidores do mercado imobiliário no interior, grupo composto principalmente por representantes de um setor que não deixou de prosperar com a crise sanitária: o agronegócio.