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DEU EM A GAZETA – 44% ‘elegem’ a água como maior problema em VG; a mesma situação ocorre em Alto Garças-MT

O fornecimento de água tratada é apontado como o principal problema de Várzea Grande por 44% dos eleitores, sendo o maior desafio para o prefeito que será eleito, ou reeleito, nas eleições do dia 6 de outubro. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto Gazeta Dados, entre os dias 20 e 23 de agosto de 2024. Foram elencados 15 itens. O segundo maior problema apontado pelos entrevistados foi a saúde (34%), seguido do saneamento básico (6%) e da pavimentação de ruas e avenidas (4%).

Na segunda maior cidade do Estado, com pouco mais de 300 mil habitantes, a maioria dos bairros sofre com a falta de água, assim como a intermitência e qualidade dela. Em algumas regiões que são consideradas melhores no abastecimento, a população também sofre com a irregularidade no abastecimento por longos períodos e, quando há abastecimento, é necessário o uso de bombas para que a água chegue até a caixa.

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No bairro Paiaguás, de uma ponta a outra, todas as casas têm reservatórios no chão. Por lá, a compra de caminhões-pipa é rotina dos moradores, que além de não ter o fornecimento, ainda precisam lidar com valores exorbitantes cobrados pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE).

Enilson Fernandes, 52, que mora três anos no bairro, precisa se virar para conseguir manter a casa abastecida. Segundo ele, os gastos com a compra de água passam de R$ 1 mil por mês em algumas épocas do ano. A gente paga R$ 50 a cada mil litros de água que não dá para quatro dias.

Ele, que mora com a mulher e os filhos, conta que era morador de Cuiabá antes de se mudar para a cidade vizinha e, deste então, pensa diversas vezes em voltar a morar na Capital. Em Cuiabá, onde eu morava, não faltava água. Acho que uma das piores coisas é você ficar sem água.

Inclusive, ele revela que por vezes baldeia a água da casa de sua mãe, em Cuiabá, ou até mesmo do serviço onde trabalha. A gente leva os garrafões vazios e vai trazendo cheio para despejar.

Apesar da vontade de sair do local, ele lembra que para isso precisaria vender a casa, mas até a venda é complicada pela falta de água. Ninguém quer comprar, pois sabe desse problema aqui.

Além de não ter água sem sua torneira há cerca de 15 dias, ele ainda precisa lidar com o problema do valor cobrado pelo DAE na atual fatura, que ultrapassa R$ 500. Em três anos que moro aqui não tem água, mas também nunca haviam me cobrado um valor desse. Isso é absurdo.

Sem força

Não muito longe dali, no bairro São Mateus, Alessandra de Almeida, 42, também reclama do abastecimento. Em sua casa, em plena quinta-feira (29), a água caia como um fio em sua torneira. É assim, quando vem ela só pinga mesmo. Nem mesmo com bomba dá para puxar.

Morando no bairro há mais de 20 anos, ela conta que o problema é crônico e não tem condições de comprar caminhão-pipa todas as vezes que precisa. Por isso, utiliza um posso artesiano. Mas até mesmo o poço já está secando. Quando secar de vez, eu não sei como vai ser.

Ainda no mesmo bairro, algumas ruas acima, moradores precisam se virar para garantir o abastecimento. Além de caixas dágua para o armazenamento, muitos utilizam baldes, bacias e até mesmo caixa de isopor. Mesmo sendo pouco o que conseguimos guardar, a gente se vira com o que tem, afirma um dos moradores.

Má qualidade

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Aparecida Moraes, 50, trabalha como agente de endemias no município e revela que no exercício do trabalho as principais reclamações são quanto à água. A gente vai tratar a água por causa do mosquito e as pessoas perguntam: qual água?, ironizando.

Ela conta ainda que em quase 80% das casas a água é armazenada de forma incorreta, o que acaba sendo mais um problema por causa da dengue. As pessoas vão armazenando em vasilhames, em caixas dágua, bacia, mas tudo isso sem tampa.

Ela conta ainda, que na maioria desses locais de armazenamento, ainda é possível comprovar a má qualidade da água. O fundo desses locais fica com um pó preto, algumas vezes chega a ter mau cheiro.

Rodrigo Oliveira trabalha com abastecimento de água há mais de 30 anos em Várzea Grande e garante que o problema é geral. Não tem um bairro que não sofra. Têm aqueles que têm água mais vezes na semana, mas ainda assim sofrem com a falta de pressão ou com a qualidade.

Gazeta Dados

A pesquisa revelou ainda que 49% da população acredita que o problema de água e esgoto vai ser resolvido pelo atual prefeito, caso ele seja reeleito, e 44% acreditam que ele não irá solucionar o problema após quatro anos de mandato. Metade da população ainda diz ser a favor da privatização do DAE e 40% disseram não apoiar a privatização.

Quanto ao melhor desempenho da atual gestão, 24% dos várzea-grandenses apontaram a pavimentação e asfalto, 23% não sabem ou não responderam, 17% apontam a qualidade do ensino, 14% a saúde pública e 10% o fornecimento de água e a qualidade dela.

Outro lado

A prefeitura de Várzea Grande, por meio de nota, destacou que sofre com o crescimento desordenado, que acaba acarretando problemas no atendimento às demandas da população. Ressalta que, nos últimos anos, tem contado com o apoio incondicional dos governos estadual e federal. Entre 2021 e 2024, afirma que foram e estão sendo investidos mais de R$ 200 milhões nas obras de três Estações de Tratamento de Água (ETAs): do Cristo Rei, da Barra do Pari/Chapéu do Sol e da Imigrantes/Bonsucesso. Ressalta que já teve aprovado e aguarda a liberação, para 2025, de recursos do Novo PAC Água e Saneamento e do Programa BID Pantanal que, somados, representam mais de R$ 400 milhões em investimento em água e esgoto.

Mesma situação acontece em Alto Garças-MT

A falta no fornecimento de água tratada é também um dos principais problema de Alto Garças, são constantes as reclamações na cidade pelas redes sociais, em que há anos moradores relatam o problema. Segundo as postagens a falta de compromisso com esse assunto tem sido a principal reivindicação da população.

Sendo o maior desafio para o próximo gestor (a), o tema vem sido cobrado e muito com muitas postagens.

Fonte: Gazeta e Redação

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