Depois de soltar pai abusador, Justiça atende PJC e decreta nova prisão VEJA E ENTENDA
Na quinta-feira passada, o investigado Reginaldo foi colocado em liberdade diante da revogação da prisão preventiva pelo juízo da comarca de Peixoto de Azevedo

Polícia Civil, por meio da Delegacia de Peixoto de Azevedo, representou por nova prisão preventiva de Reginaldo Evangelista Francisco Rocha, 31 anos, investigado pelo crime de estupro de vulnerável contra a própria filha, uma menor de oito anos de idade, no município de Peixoto de Azevedo.
Reprodução
Com base na investigação conduzida pela Polícia Civil, que reuniu diversos elementos de prova sobre o crime e novos indícios apresentados, inclusive, de coação no curso da investigação, o delegado Geordan Fontenelle representou pela prisão preventiva, que foi decretada na noite desta sexta-feira (29) pelo juízo da Comarca de Peixoto de Azevedo.
O autor do crime foi preso anteriormente na quarta-feira, após se apresentar na Delegacia da Polícia Civil. Um primeiro mandado de prisão foi decretado em agosto. Na quinta-feira, o investigado foi colocado em liberdade diante da revogação da prisão preventiva pelo juízo da comarca, fundada em questões técnicas e jurídicas acerca do não descumprimento da medida protetiva pelo autor.
Contudo, diante de novas provas apresentadas pela Polícia Civil, demonstrando que o autor tem coagido testemunhas no curso da investigação, causando temor em quem deponha, foi decretada a prisão preventiva novamente e ele é procurado pelas equipes de investigação da Delegacia de Peixoto de Azevedo.
O inquérito policial já soma mais de 150 páginas de evidências técnicas e testemunhais contra o investigado e deve ser remetido à Justiça na próxima semana, com o pedido de depoimento especial da vítima.
A Polícia Civil reuniu, entre outras informações, relatório do Conselho Tutelar, ata da escola da criança apontando a mudança de comportamento, inclusive relatando que a vítima não queria entrar de férias. Outro relatório apontou que a vítima apresenta baixo rendimento escolar, agressividade, cria enfermidades psicossomáticas e tem desconforto em certos locais. O laudo pericial de conjunção carnal da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso confirmou o estupro.
O caso
Reginaldo entregou-se à Polícia Civil de Peixoto de Azevedo (700 km de Cuiabá), na noite de quarta-feira (27). Ele estava foragido depois que o Poder Judiciário expediu mandado de prisão contra ele por estupro de vulnerável. A Polícia Civil afirma que ele dopou a própria filha de 8 anos e a estuprou.
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Antes de se apresentar, ele fugiu do seu local de trabalho para não ser preso. A investigação apontou que os abusos ocorreram durante as férias escolares da criança, no mês de julho, quando ela foi levada pelo pai para uma fazenda, na zona rural do município.
Conforme a investigação, o pai teria dado um comprimido branco e redondo para a vítima dormir e, quando ela acordou, o investigado estava em cima dela.
A criança sofreu anteriormente outros abusos sexuais do pai biológico, quando ele a buscava para passar alguns dias em sua companhia. Entretanto, o investigado a ameaçava para que ela não o denunciasse.
O delegado pontua que o exame pericial concluiu que a menor tinha vestígios de conjunção carnal anterior aos fatos ocorridos no mês de julho.
A investigação teve início a partir da denúncia da escola onde a menor frequenta. A menina apresentou mudança no comportamento, o que chamou atenção de uma professora, porque antes das férias escolares, a criança demonstrou um comportamento diferente, dizendo que não queria entrar de férias, provavelmente porque passaria o período com o pai.
Fonte: RD News