
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia defenderá “cada centímetro quadrado” de seu território e classificou como “sem precedentes” a violação do espaço aéreo da Polônia por drones russos na quarta-feira (10).
Pelo menos 19 drones russos entraram no território polonês no contexto de um novo ataque de Moscou contra cidades no Oeste da Ucrânia, segundo autoridades locais. Eles foram abatidos pela Polônia, com o apoio de aeronaves de aliados da OTAN.
Foi a primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia que um membro da aliança militar ocidental abriu fogo durante um episódio do tipo.
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Supostas imagens de drones russos na Polônia. — Foto: Reprodução
Uma das áreas atingidas pelos destroços foi um campo no sudeste da Polônia, onde manchas no solo indicam a queda de parte dos drones. Carros e telhados de algumas residências também foram atingidas. Ninguém ficou ferido.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse no parlamento que “foi o mais perto que chegamos de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”, embora tenha ressaltado que “não há motivos para acreditar que estamos à beira da guerra”.
O Ministério da Defesa da Rússia reforçou ter realizado um grande ataque contra alvos militares no oeste da Ucrânia, mas negou ter alvejado qualquer ponto na Polônia.
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Reação internacional
O incidente gerou forte reação de líderes europeus e aliados da OTAN. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chamou o ataque de “extremamente inconsequente” e “bárbaro”,
Os líderes da França, Alemanha, Reino Unido e Canadá também condenaram o episódio, reforçando o apoio à integridade territorial da Polônia e à segurança coletiva da aliança atlântica.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve conversar ainda nesta quarta com o presidente polonês Karol Nawrocki, aliado político que foi recebido na Casa Branca na semana passada.
Fontes diplomáticas sugerem que a Rússia pode estar testando os sistemas de defesa aérea e de alerta antecipado da OTAN, elevando a tensão entre Moscou e o Ocidente em meio ao prolongamento do conflito na Ucrânia.
Fonte: CBN