
Atualmente, os principais tratamentos contra o câncer são a quimioterapia e a radioterapia, procedimentos que combinam coquetéis de medicamentos com radiação a fim de eliminar o tumor maligno. Recentemente, no entanto, cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer, de Nova Iorque, descobriram que o uso de um novo medicamento, o Vorasidenib (VOR), pode atrasar significativamente a progressão de um tipo raro de câncer no cérebro.
Segundo os pesquisadores, a nova abordagem pode também diminuir o risco de morte em pacientes jovens. Durante o estudo, foi descoberto que o Vorasidenib atrasou o início dos tratamentos convencionais, a quimio e a radioterapia.
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Atualmente, além das terapias com medicamentos e radicação, há também os procedimentos cirúrgicos. No entanto, os tratamentos disponíveis não levam o paciente à cura, e estão associados a toxicidade de curto e longo prazo, podendo causar efeitos colaterais graves, como a infertilidade e perda de memória.

Ingo K. Mellinghoff, principal autor do estudo, disse ao portal Metrópoles: “Esses pacientes têm de fazer uma escolha quando recebem a prescrição para radiação ou quimioterapia. É uma decisão difícil de se tomar quando se tem 40 anos porque eles sabem que há alguns problemas cognitivos relacionados. Muitos hesitam ao tratamento e não há outras opções disponíveis, mas essa medicação pode ser uma saída”. Ainda segundo Mellinghoff, o VOR é eficaz e tolerável pelo organismo, sem efeitos colaterais.
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A pesquisa
Os cientistas contaram com a participação de 331 pacientes portadores de gliomas de grau 2 para a pesquisa. Os pacientes, que tinham idades entre 16 e 71 anos, haviam sido submetidos à cirurgia, mas nenhum outro tratamento complementar. Eles também eram residentes de dez países distintos.
Uma dose oral de VOR diária foi fornecida a cerca de 170 participantes, outros 160 receberam placebo em ciclos de 28 dias. Ao final da pesquisa, os cientistas constataram que o VOR havia sido relacionado ao aumento de cerca de 28 meses da sobrevida dos pacientes, sem a progressão da doença, contra aproximadamente 11 meses daqueles que usaram o placebo.
Sobre os resultados da pesquisa, Glenn Lesser, especialista ASCO, disse: “Os resultados desse estudo são muito significativos. Eles sugerem que os pacientes com gliomas (…) podem potencialmente atrasar o uso de tratamentos tóxicos por alguns anos. Esses pacientes são geralmente jovens, trabalham, estão criando suas famílias. Tratamentos que afetam sua qualidade de vida podem trazer um preço alto”.
Fonte: Revista Oeste