Assembleia geral: Servidores aprovam estado de greve e manifestações
Eles prometem manifestações constantes em todos os locais em que o prefeito José Carlos do Pátio estiver presente

Os servidores públicos municipais aprovaram estado de greve em Rondonópolis. A decisão foi tomada pela maioria em assembleia geral realizada na tarde do ultimo (5/5), que contou com a presença de mais de 500 servidores. Durante o estado de greve, os servidores prometem manifestações constantes em todos os locais em que o prefeito José Carlos do Pátio estiver presente, como em inaugurações de obras, e não descartam paralisações e greve geral caso não haja diálogos e definições sobre as reivindicações dos trabalhadores.
Os servidores cobram diálogo com o prefeito para definir a recomposição das perdas salariais que somam 14,58%, mais o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 2020, de 5,4%, a realização de concurso público no município, bem como a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos servidores. Há ainda reivindicações para a destinação correta de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e da Saúde.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Geane Lina Teles, explica que, com a aprovação do estado de greve, os servidores podem paralisar as atividades ou decretar a greve em qualquer momento. Inicialmente, a intenção é intensificar as manifestações e buscar, com isso, um diálogo com o prefeito, mas uma greve pode ser deflagrada caso não hajam avanços.

Após a assembleia, Geane cobrou diálogo com o prefeito para que seja construído algo efetivo para o trabalhador. “O que não pode é permanecer nessa inércia e ter verbas que corremos o risco de perder por falta de administração”, alertou.
“Desde agosto do ano passado tentamos um diálogo com ele (Pátio) para discutirmos várias questões que precisam ser organizadas”, explicou a presidente do Sispmur, que ressaltou ainda que pelo menos três pedidos oficiais para reuniões foram encaminhados pelo sindicato sem nenhuma resposta do prefeito. “Eu quero é me sentar com quem tem a caneta”, reforçou a sindicalista.
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Para alocar recursos para a Saúde durante a pandemia, foram congelados reajustes dos servidores de todas as esferas públicas. “A folha de pagamento do nosso Município está em 38%. Há recursos para a Prefeitura pagar este reajuste e realizar concurso público”, diz.
A defasagem de servidores e a terceirização de vários setores, como de serviços gerais, cozinheiras, merendeiras, é outro ponto a ser analisado. Geane defendeu ainda que sejam chamados os concursados de 2019 que ainda não assumiram as vagas e que a Prefeitura chame com urgência outro concurso público.
“O servidor precisa ser valorizado e a administração tem que conversar sobre os problemas dos trabalhadores”, concluiu.