
O país passa por uma prolongada crise financeira e social
Em meio a uma inflação de quase 100%, inúmeros argentinos estão lutando para sobreviver, recorrendo à reciclagem em lixões, fazendo fila para trocar seus pertences em clubes de troca e racionamento nos supermercados por causa da falta de produtos nas prateleiras . Até papel higiênico tem estoque controlado.
Omar afirmou que um número crescente de trabalhadores informais vão ao depósito de lixo para encontrar qualquer item que possam vender na luta pela sobrevivência.
O país passa por uma prolongada crise financeira e social. Em agosto, a taxa anual de inflação argentina estava em 78,5%, a segunda mais alta entre os países latino-americanos — a inflação mais alta é da Venezuela (114% ao ano). Em Cuba, a taxa é de 32%. No Brasil, a inflação anual, medida no mesmo mês, foi de 8,73%, a 18ª entre os países do bloco.
Os níveis de pobreza foram superiores a 36% no primeiro semestre de 2022 e a pobreza extrema, indivíduos com renda mensal de até oitenta e nove reais, subiu para 8,8%, cerca de 2,6 milhões de pessoas.
Além disso, como mostrou uma pesquisa da Fundação Colsecor publicada em agosto deste ano, quase 80% dos jovens argentinos entre 15 e 24 anos admitiram que podem sair do país. No levantamento, 50% afirmaram que “com certeza sairiam”, enquanto 28% disseram que “provavelmente sairiam”. O número é maior que o contabilizado em 2021, quando 60% dos jovens informaram que poderiam se mudar da Argentina.
Para combater o atual cenário, contudo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, defende o controle de preços nos supermercados, limitar a quantidade de dólares em circulação e cobrar impostos sobre as exportações de produtos agrícolas.
Fonte: Terra Brasil Notícias