AFUGENTANDO INDÚSTRIAS – Reforma tributária vai exterminar empregos e a indústra de MT, alerta Gallo VEJA E ENTENDA
Estados prejudicados têm tentado converter a situação em Brasília

A reforma tributária vai exterminar empregos em Mato Grosso se for aprovada do jeito que está. A avaliação foi feita pelo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira, 16 de junho.
Conforme o secretário, o texto atual da reforma acaba com a política de incentivo ao desenvolvimento industrial nos estados do Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Atualmente, os estados dessas regiões têm incentivos fiscais para compensar a falta de infraestrutura e a distância dos grandes centros consumidores, que estão no Sul e Sudeste.
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“Nós não podemos concordar com o extermínio do nosso programa de desenvolvimento industrial, que prevê um crédito, um incentivo fiscal para as indústrias que se instalam em Mato Grosso”, disse. “Nós não podemos concordar com o extermínio da competitividade de Mato Grosso na atração de investimentos para a indústria”, ressaltou.
Gallo explicou que o governo de Mato Grosso já apresentou uma proposta para o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e tem se articulado com os governos dos outros estados prejudicados para fazer pressão pela alteração. A ideia é que seja criada para essas regiões uma alíquota diferenciada de 5% do IBS, o Imposto sobre Bens e Serviços, que irá substituir cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).
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Esse modelo de incentivo já existe atualmente e está em vigor há mais de 30 anos, mas seria extinto pela reforma tributária em prol de uma alíquota única nacional, sob o pretexto de acabar com a guerra fiscal entre os estados.
“Eu mesmo tenho ficado em Brasília boa parte da semana, para que a gente tenha condição de colocar as nossas propostas e que os deputados sejam sensíveis ao que nós estamos colocando. E não passem um trator que pode, inclusive, levar ao extermínio de milhares de empregos, não só em Mato Grosso, no setor industrial, mas no país como um todo. Reindustrializando o eixo Rio-São Paulo e desindustrializando os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sobretudo o Centro-Oeste, que tem contribuído tanto com o Brasil”, explicou.
“Essa diferença competitiva que hoje se dá por dentro da política tributária, ela tem que ser preservada”, concluiu.
Fonte: Estadão MT