deputado federal José Medeiros (PL) criticou duramente os decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que homologam quatro novas terras indígenas no país — duas delas em Mato Grosso — e ampliam uma já existente em Brasnorte.
“Ele [Lula] quer fazer ampliação de reserva em Apiacás, agora já se fala em ampliar área no Pantanal. Eles querem, por certo, transformar isso aqui em um grande zoológico. A lógica não nos dá elementos — talvez a inteligência artificial nos dê — para entender o que passa na cabeça desse povo”, disse Medeiros, durante entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa.
Segundo o parlamentar, a criação de novas terras indígenas não resolve os problemas enfrentados pelas comunidades. Ele afirma que muitos indígenas vivem em situação de vulnerabilidade, com falta de recursos básicos.
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“Eles já alijaram o estado de Roraima — mais de 60% do território de Roraima é reserva — e agora querem fazer isso com Mato Grosso. Essa sanha contra o nosso Estado tem um porquê: Mato Grosso está se tornando um dos principais polos econômicos do país. Então eu vejo, na verdade, uma forma de asfixiar nossa economia. Há interesses econômicos externos, todo tipo de interesse para arrebentar com o nosso Estado”, afirmou.
Novas terras indígenas
O presidente Lula homologou mais quatro terras indígenas no Brasil, sendo duas em Mato Grosso — Manoki, Uirapuru e Estação Parecis — e outras duas no Pará e Amazonas, pertencentes ao território Kaxuyana-Tunayana. Além disso, o governo federal ampliou de 46 mil para 250.539 hectares a área da Terra Indígena Manoki, do povo Irantxe-Manoki.
Os decretos foram assinados durante evento paralelo à COP30, em Belém (PA), e também foram alvo de críticas do governador Mauro Mendes (União Brasil) e da deputada estadual Janaina Riva (MDB). A expectativa é que tanto a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) quanto a Procuradoria da Assembleia Legislativa judicia lizem o tema.
FONTE: RD NEWS
