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Acervo traz história de Cuiabá e homenageia artistas locais

Peças de Lázaro Papazian, Mestre Inácio, Deodato Monteiro, Liu Arruda e Anibal Alencastro formam o rico acervo do Museu de Arte e Som de Cuiabá (MISC), criado em 2006 com o intuito de contar a história da cidade.

O casarão, que já foi residência de nomes como Alférez Joaquim de Moura, em 1897, e Rafael Verlandiere posteriormente, possui um dos 23 poços existentes em Cuiabá. Porém, a água não pode ser consumida devido à contaminação decorrente de cemitério próximo.

“No ano 2000, o casarão foi abandonado e chegou até a ser ocupado para outras funções. Somente em 2006, na gestão do prefeito Roberto França, que eles decidiram criar aqui o Museu da Imagem Som de Cuiabá”, lembrou Luis Paulo de Oliveira, responsável pela visita guiada do museu.

Chamado pelo governador da época para fotografar sua posse, o fotógrafo Lázaro Papazian veio em 1922 para Cuiabá e decidiu ficar na cidade, após se apaixonar. Fez diversos registros da capital, fotos que compõe parte do museu.

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“Ele chegou em 1922 e faleceu em 1933. Neste tempo, registrou praticamente tudo que tinha de acontecimento em Cuiabá. Seu acervo conta com mais de 2 mil fotos. Então, o registro de toda Cuiabá passou pela lente do Lázaro. Por isso, ele foi homenageado”, contou o guia.

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A primeira sala do museu é composta por obras de Ignácio Constantino de Siqueira, Mestre Inácio, que traz a Escola de Música de Cuiabá, a primeira da cidade.

“Mestre Inácio teve acesso à música através da igreja que ele frequentava, que era a Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, quando decide formar sua primeira banda, chamada Lira Operária, composta pelos seus amigos operários. A princípio, o grupo tocava seresta e valsa, que era mais tocado na época. Posteriormente, ele tem uma mistura maior com a música regional, trazendo também o rasqueado cuiabano, que teve seu início ali do século XX”, explicou.

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Além das obras, o museu possui um espaço para que artistas cuiabanos acessem um estúdio de música, que busca beneficiar a arte local. A ideia é que, por meio de um edital, artistas cuiabanos possam se inscrever e os vencedores gravem suas produções gratuitamente.

“Nós temos um projeto para ser lançado um edital da prefeitura, para beneficiar artistas cuiabanos com gravações de música. Nós vamos dar preferência para a regionalidade, porque sabemos que qualquer material que você vai produzir de áudio ou audiovisual sai no muito caro”, explicou Neto Moraes, diretor do Museu.

Além da gravadora, o Misc também possui uma sala de cinema, chamada Cine Misc, em que cineastas de Cuiabá e Mato Grosso exibem seus trabalhos. O uso deve ser solicitado por meio de ofício encaminhado à direção.

 

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O espaço abre de segunda a sexta, das 9h às 17h, com entrada gratuita, e oferece uma verdadeira imersão para os amantes da antiga Cuiabá que desejam conhecer o passado por meio das peças expostas.

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“Apesar de ter o nome de Museu da Imagem do Som, isso aqui conta muito a história de Cuiabá. Então, eu acho que é um dos lugares que tem um acervo mais completo a respeito da historicidade de Cuiabá. É o único lugar que homenageia os artistas cuiabanos, os músicos, os pintores, os fotógrafos no modo geral, o que evidencia a importância deste lugar”, finaliza Neto.

Fonte: gazetadigital

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