
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estuda retomar a compra de energia da Usina Hidrelétrica de Guri, na Venezuela, para o abastecimento do Estado de Roraima. Ele proferiu a declaração na segunda-feira 8, durante entrevista à CNN Brasil.
De acordo com Silveira, o objetivo é restabelecer o diálogo com Caracas, já que o Estado de Roraima é o único que ainda se mantém desconectado do sistema interligado de energia nacional. A maior parte do atendimento aos consumidores locais ocorreu até o começo de 2019, por meio da transferência de energia do Linhão de Guri.
O objetivo de Lula

O fornecimento de energia em Roraima foi interrompido durante os apagões históricos na Venezuela, que ocorreram nos primeiros meses do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O abastecimento não voltou a acontecer.
Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;
Siga a nossa página do altogarcas.com no Facebook.
Saiba tudo do nosso site na pagina do Twitter.
Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram
O contato, que era quase inexistente entre o Brasil e a Venezuela, tornou-se mais difícil nos últimos anos. Isso porque o governo brasileiro rompeu com a ditadura bolivariana.
Porém, no entendimento do ministro, o “extremismo ideológico” prejudicou os consumidores brasileiros como um todo. Depois do corte, Roraima passou a contar com usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a gás natural. Em 2021, o governo Bolsonaro inaugurou mais uma termelétrica no Estado, a Jaguatirica II.
———— CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ————
De acordo com Silveira, a energia proveniente da Venezuela custa cerca de R$ 100 por megawatt-hora (MWh) e tem um benefício ambiental, por ser totalmente renovável. “É uma insanidade deixarmos de usar energia limpa para queimarmos energia fóssil, é mais cara.”
Na segunda-feira 15, Silveira vai se encontrar em Brasília com o secretário-executivo da Associação Latino-Americana de Energia (Olade), Andrés Rebolledo, para discutir possibilidades de integração energética.
Fonte: Revista Oeste