
Os delegados da Polícia Federal (PF) Leandro Almada, Flávio Albergaria Silva e Marcelo Wener foram promovidos a cargos de chefia no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os agentes federais se negaram a participar de uma suposta ação envolvendo as polícias Rodoviária Federal e a própria PF para executar blitze durante o segundo turno das eleições de 2022, a mando do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres.
Com a vitória do Lula e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, os responsáveis pela suposta não anuência da ação no Estado foram promovidos dentro da corporação, agora chefiada por Andrei Rodrigues — que atuou como segurança de Lula durante a campanha eleitoral.
O primeiro caso é de Leandro Almada, que foi nomeado superintendente da PF no Rio de Janeiro. Considerada uma das mais estratégicas da PF para o atual governo, por isso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, queria alguém de confiança.
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O delegado Flávio Albergaria virou superintendente da PF na Bahia, Estado onde houve supostamente tentativa de interferência no dia da votação, de acordo com o início das investigações. O delegado assumiu o posto em janeiro.
Já o delegado Marcelo Werner se licenciou do cargo de delegado e foi nomeado pelo governador do PT como secretário de Segurança Pública da Bahia.
Depoimento de Anderson Torres

O ex-ministro Anderson Torres prestou depoimento na sede da PF na segunda-feira 8 por cerca de duas horas. Na ocasião, Torres foi convidado a explicar a atuação da PRF no segundo turno da eleição presidencial.
A defesa do ex-ministro informou que a oitiva “ocorreu dentro da normalidade”. “Anderson Torres compareceu à sede da PF, renunciou ao seu direito constitucional de ficar silêncio e respondeu a todos os questionamentos formulados”, comunicou o advogado Eumar Novacki.
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De acordo com a defesa, Torres “jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF e da PRF, que inclui blitze ou abordagens”. Além disso, que a “única preocupação” do então ministro era “combater os crimes eleitorais, independentemente de candidatos ou partidos”.
Anderson Torres na prisão

O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos do 8 de janeiro. A defesa alega que Torres está com problemas de saúde e, por isso, pede que a prisão preventiva seja revertida em prisão domiciliar. Em 28 de abril, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou o regime aberto a Anderson Torres.
Os advogados do ex-ministro argumentaram que os requisitos para a prisão preventiva — que são a garantia da ordem pública e econômica, a conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal — não estão presentes. Além disso, que o prazo previsto para a conclusão do inquérito, de 81 dias, no Código de Processo Penal, também já se esgotou.
Fonte: Revista Oeste