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APÓS FALA DE WILSON SANTOS – MPE abre investigação sobre aliança entre deputados e facções VEJA E ENTENDA

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, como não poderia ser diferente, a acusação de Wilson tomou o protagonismo da semana

O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) do Ministério Público Estadual (MPE) instaurou investigação preliminar, nesta semana, para apurar uma declaração feita pelo deputado estadual, Wilson Santos (PSD), sobre a existência de uma suposta “aliança” de deputados estaduais com facções criminosas no estado.

Segundo Wilson, “dois ou três” parlamentares teriam reivindicado à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), quando a pasta ainda estava sob o comando de Alexandre Bustamante, a instalação de tomadas em celas prisionais de líderes de facções, para que os criminosos pudessem recarregar os celulares. As declarações dele foram feitas nos estúdios do RepórterMT, na última semana.

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O coordenador do Naco, promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, afirma que, embora não tenham sido identificados os agentes políticos supostamente envolvidos, as condutas aviadas se amoldam ao crime envolvendo organização criminosa disciplinado pela lei.

“É imperioso, neste momento, proceder diligências investigatórias preliminares visando esclarecer o contexto fático das informações ventiladas na mídia, assim como obter elementos mínimos que corroborem a existência, ou não, de infração penal, além da identificação dos agentes envolvidos, para que, só então, seja deliberado pela instauração de inquérito policial”, afirmou.

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Secretário teria conhecimento

O deputado relatou que, em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, foi barrado em bairros da capital por faccionados que afirmavam já estarem “fechados” com outros candidatos. Segundo ele, há deputados atuando na Assembleia Legislativa (AL) em favor desses criminosos.

Em setembro do ano passado eu fui barrado em dois bairros, no João Bosco Pinheiro e 1º de Março. Estava ali pedindo voto no bairro quando alguém encostou o carro e gritou para mim: ‘Pai, aqui nós temos candidato, pode ir embora’. Mas eu sou teimoso, fiquei lá“, relatou.

Segundo o veterano parlamentar, no outro dia informou a situação ao secretário [Alexandre] Bustamante. “Ele disse: ‘Você é o quarto ou quinto deputado que vem aqui, mas é o primeiro para pedir providências. Os seus outros dois colegas vieram aqui para pedir para reinstalar tomadas para que os líderes do crime organizado que estão presos possam recarregar a bateria dos seus celulares’”, relatou Santos.

Wilson disse que perguntou quem eram os deputados que haviam procurado a Sesp, mas o ex-secretário de Segurança Pública teria se negado a citar os nomes.

Repercussão no parlamento

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, como não poderia ser diferente, a acusação de Wilson tomou o protagonismo da semana. Para Juca do Guaraná (MDB), Wilson errou. “É unânime que a fala do deputado é uma fala infeliz. Ele é maior de idade, é um cara que tem uma trajetória política de algum tempo, de mais de 35 anos, e ele deve se responsável pelo que fala”, analisou.

Para Janaína Riva (MDB), que atualmente comanda o parlamento com a licença de Eduardo Botelho (União), a fala de Wilson não foi precisa porque colocou todos os parlamentares na mesma vala. “Na minha opinião, o Wilson não deveria ter tornado isso público. Ele poderia ter procurado o Ministério Público, o próprio Bustamante, tendo o convocado no Colégio de Líderes e isso evitaria a nossa exposição, como a dele também. Hoje vamos falar com o Wilson sobre isso. Todos os colegas se sentiram ofendidos”, declarou.

Fonte: O Documento

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