Vereadora do PT em Cuiabá pega verba paga à chefe de gabinete VEJA AS CONVERSAS

A verereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), que costuma levantar a voz em prol da moralidade e pelo bom uso dos recursos públicos no parlamento da capial, viu seu discurso virar pó, nesta semana, ao vir à tona uma troca de mensagens que expôs um suposto esquema de rachadinha em seu gabinete.
As conversas, divulgadas inicialmente pelo site RD News, mostram o seu marido, William Sampaio, servidor de elite do estado, dono de um salário próximo de R$ 30 mil, cobrando mensalmente o repasse de R$ 5 mil de verba indenizatória que eram pagos à ex-chefe de gabinete de Edna, Laura Natasha, que recebia salário de R$ 7 mil.
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Segundo o que foi divulgado, pelo menos R$ 20 mil foram devolvidos por Laura em quatro parcelas – setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022.
“Oi Laura. Você recebeu a VI do gabinete?”. Cinco minutos depois, ela responde: “Oi, já recebi e passei na conta da Edna”. Passados 12 minutos, Willian escreve: “Entendi”. No mês anterior, em setembro, Willian manda para a chefe de Gabinete os dados bancários de Edna. Logo depois, recebe de Natasha o comprovante da transferência de R$ 5 mil.

Em uma conversa já estabelecida em um outro mÊs, Willian pergunta: “A VI do gabinete já saiu?”. E Natasha: “Eu já passei para Edna e mandei o comprovante para ela”. Willian pergunta se esse repasse foi em conta bancária. Natasha, então, envia a ele o comprovante da transferência. O marido da vereadora escreve: “Obrigado”.
Numa outra conversa, Willian escreve que está esperando a transferência da VI para fazer pagamentos e que a vereadora pediu para ela (Natasha) fazer a transferência na conta dela (Edna) e informa o número do Pix. Cinco horas depois, Laura Natasha informa que a VI caiu e que iria de imediato fazer a transferência, enviando para ele o comprovante logo em seguida.
Veja abaixo os prints:
O nome de Laura, aliás, já havia ganhado as manchetes em virtude dela ter recebido R$ 70 mil de indenização da Câmara Municipal, após Edna decidir exonerá-la quando a mesma estava grávida, o que chamou atenção em virtude do que tudo isso representa em contradição ao discurso protecionista do PT às mulheres, negras e sobretudo gestantes, como era o caso da ex-chefe de gabinete.
Edna assume recolhimento de verba
Como não dava pra ser diferente, até em virtude das provas divulgadas, a vereadora assumiu que pegava sim os valores, mas se apegou em um argumento e uma linha retórica de que o dinheiro naturalmente tinha fim de custeio do gabinete, embora isso não faça muito sentido a partir do momento em que era depositado para Laura.

“Nós temos um mandato que é coletivo, uma conta que é conjunta, temos um planejamento de uso dessas despesas que são financiadas pela verba indenizatória. Não é uma verba pessoal, não é uma verba que paga as despesas pessoais de ninguém, mas uma verba que financia as ações do gabinete”, justificou a petista, que poderia ter evitado o problema se tivesse exposto o ‘acordo’ antes de tudo vazar.
Apesar da tentativa de colocar panos quentes na história, o que fez inclusive com vídeo postado em suas redes sociais onde surgiu com vários servidores ao seu lado, na tentativa de reforçar a ideia de ‘grupo unido’ (VÍDEO ABAIXO), Edna não deve ter vida fácil no parlamento.
A expectativa, segundo o apurado, é que pedidos de investigação contra a petista sejam levados à Comissão de Ética já nesta quinta-feira (4).
Veja o posicionamento da vereadora sobre o assunto:
Fonte: Minuto MT