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Soja 2022/23: Plantio da nova safra inicia e custo de produção preocupa veja

Os produtores de Mato Grosso deram início à semeadura da soja para a safra 2022/23 na semana passada, tendo como grande preocupação o expressivo aumento do custo de produção.

Segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo total de produção de soja transgênica em agosto deste ano chegou a R$ 7.618,15 por hectare.

O Imea calcula que, até a última sexta-feira (23/09), 1,79% das áreas estimadas foram cultivadas no estado, percentual este 0,59 p.p. acima do observado no mesmo período do ano passado.

Entre as regiões de Mato Grosso, destacam-se a oeste, que apresentou o maior percentual de áreas semeadas até o momento (3,06%), e a nordeste, que exibiu o menor avanço nos trabalhos no campo (0,17%).

A expectativa dos produtores é que as chuvas devem se intensificar nas próximas semanas em Mato Grosso, com previsão do TempoCampo indicando 100 a 150 mm na maioria das regiões para os próximos 30 dias, o que deve auxiliar no avanço da semeadura da soja no estado.

Em relação ao custo de produção, o Imea calcula que o custo total de produção de soja transgênica passou de R$ 5.187,93/ha na safra 2021/22 para os atuais R$ 7.618,15/ha em agosto, o que representa um aumento da ordem de 46,86%.

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Entre os custos ligados ao custeio, que estão relacionados diretamente com a produção, chamam a atenção os gastos com fertilizantes e corretivos, que chegam a R$ 2.426,26/ha, mais do que dobrando em relação a safra passada, quando estavam em R$ 1.141,09/ha. Os gastos com sementes também cresceram muito, saindo de R$ 494,95/ha na safra passada para R$ 833,42/ha.

Segundo o Imea, para a safra 22/23, é esperada uma ampliação na oferta de soja em 2,97% ante a safra anterior, estimado em 42,49 milhões de toneladas. O incremento na oferta está atrelado ao maior estoque de passagens e a estimativa de produção recorde, prevista em 41,51 milhões de toneladas, que por sua vez, é reflexo do avanço no investimento em área cultivada para a temporada, que deve chegar a 11,81 milhões de hectares.

As primeiras projeções de precipitações do NOAA apontam chuvas abaixo das médias históricas até o mês de dezembro de 2022 na região sul do Brasil, trazendo um ponto de atenção para a região quanto à produção aguardada, o que pode refletir em maior demanda pela soja de Mato Grosso.

FONTE: A Tribuna MT

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