FAMÍLIA EM CHOQUE – Filhos de 2 e 3 anos viram pai esfaqueando o avô até a morte veja
Gilvanir Germano Neto, de 43 anos, foi assassinado quando tentava proteger a sua filha

Devido à relação de proximidade entre os dois, o caso para eles se torna ainda mais emblemático.
“Ele se dava tão bem com o genro. Todo mundo está chocado, ninguém esperava por isso. Foi uma fatalidade que ninguém sabe explicar”, afirmou a técnica em enfermagem Sueli Germano Neto, irmã de Gilvanir.
Segundo ela, onde estava o irmão estava também o genro. O agressor chegou a morar com esposa – filha de Gilvanir – e os filhos na casa da vítima quando ficou desempregado. Só recentemente, depois de conseguir um emprego, o casal alugou um imóvel só para eles.
“Esse genro morava dentro da casa dele, usava o carro dele. Eles tinham uma convivência muita boa, ninguém sabe como isso aconteceu”.
Sueli ouviu de testemunhas no hospital que genro chegou dizendo que havia feito uma loucura e pediu para ser morto, tal como fez com o sogro.
“O Samu chegou para estabilização, mas ele [Gilvanir] já estava sem vida. O genro pedia para as enfermeiras matarem ele, pedia para os policiais matarem ele, foi juntando muita gente, foi uma loucura”.
Último encontro em família
A família se reuniu e passou o domingo (7) na casa dos sogros de Gilvanir. Tudo estava em harmonia quando, de forma repentina durante um jogo de baralho, o genro da vítima começou a xingar a esposa. O homem estava alcoolizado nesse momento.
Desconsertada com a situação, a jovem pediu para que fossem embora. “Ele saiu com o carro em desespero, cantando pneu e daí os parentes foram atrás para ver o que estava acontecendo”.
À família, a jovem relatou que o marido dava freadas bruscas que faziam com ela batesse o rosto no painel do carro. Enquanto tentava consolar os filhos que choravam no banco de trás chegou a receber um soco no rosto.
A jovem teria pedido ao marido para parar, pois estava muito alterado, que dessa forma era para ele pegar as suas coisas e ir embora.
“Em casa ele falou pra ela que não não ia embora, ou ele matava ela ou ela o matava”, afirmou Sueli.
Assim que essa conversa aconteceu, chegou uma familiar e, em seguida, Gilvanir, para tentar intervir.
“Já foi recebendo meu irmão na porta com duas facas, quando ele [Gilvanir] perguntou o que estava acontecendo, já foi ferindo ele”, contou. Mesmo depois de cair no chão, Gilvanir continuou sendo golpeado.
A vítima foi atingida em várias partes do corpo, alguns dos ferimentos foram no rosto e pescoço. “Ele morreu sem nenhuma defesa”.
O crime foi cometido diante da família, incluindo as crianças, mas ninguém conseguiu intervir.
“A esposa, os filhos, todos viram acontecer e ninguém conseguiu conter ele, foi tudo muito rápido, muito mesmo, foi uma coisa desesperadora”.
O agressor foi preso e responderá pelo crime de homicídio.
“Não existe outro igual”
Sueli descreveu o irmão como um homem de coração bom, um pai amoroso e exemplar. “Ele era uma pessoa de ouro, de coração bom. O que pudesse fazer para ajudar as pessoas ele fazia. Vai fazer falta, não só para a família”.
Ela se emocionou ao falar do irmão e lamentou que não poderá se despedir dele pois está fora da cidade.
“Eu falei com ele ontem por vídeo-chamada, ele estava tão feliz”, recordou. “Perdemos uma pessoa que não existe outra igual no mundo”.
Gilvanir trabalhava em uma serraria e, segundo a irmã, não tinha grandes aspirações. Ele só ansiava proporcionar conforto à família e passar tempo de qualidade com eles.
Por: LIZ BRUNETTO
Fonte: O Documento