
A China anunciou nesta segunda-feira, 8, novos exercícios militares ao redor de Taiwan. A nova ofensiva ocorre um dia depois do término programado dos exercícios, em protesto contra a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipé, na semana passada.
O Comando Oriental da China informou que serão “ações conjuntas com foco em operações antissubmarino e de assalto marítimo”, numa tentativa de Pequim manter a pressão sobre as defesas de Taiwan.
A duração e a localização precisa dos exercícios mais recentes ainda não são conhecidas, mas Taiwan já diminuiu as restrições de voo perto de seis áreas de exercícios chineses ao redor da ilha.
Na noite de ontem, um comentarista da televisão estatal da China disse que os militares chineses realizarão exercícios “regulares” no Estreito de Taiwan.
Na semana passada, os chineses dispararam 11 mísseis balísticos de curto alcance, enviaram navios de guerra, caças e drones para os arredores da ilha.
A visita de Pelosi irritou o Partido Comunista da China. A democrata desembarcou na capital da ilha, Taipé, na terça-feira 2, para estreitar as relações diplomáticas.
O porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan, Sun Li-fang, disse a repórteres que as Forças Armadas de Taiwan estão lidando “calmamente” com os exercícios chineses.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse hoje que a China está realizando exercícios militares normais “em nossas próprias águas” de maneira aberta, transparente e profissional, acrescentando que Taiwan faz parte da China.