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Refinaria de cocaína seria controlada por colombianos e pode refinar 2t por semana

O entorpecente, segundo investigações, vem do Peru para ser refinado na Bolívia. Em seguida, segue para o Brasil para ser distribuído

refinaria de cocaína, que foi “estourada” ontem (28), na Operação Guaporé, em ação conjunta Força Especial de luta contra o Narcotráfico da Bolívia (FELCN), formada pela Polícia Federal e Gefron, era supostamente controlada por colombianos. No local, foram presos em flagrante um colombiano, dois bolivianos e um brasileiro. Eles foram encaminhados para Santa Cruz de La Sierra. No laboratório ainda havia um sofisticado sistema de internet via satélite, rádio comunicadores, depósito de combustível, diversas redes, em uma espécie de dormitório, televisão, geladeira fogão e um refeitório.

O laboratório teria capacidade de refinar aproximadamente 2 toneladas por semana, totalizando quase 10 toneladas ao mês.

PF

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A refinaria está a 4.600 metros da região das pistas e o acesso que os traficantes utilizam para chegar à refinaria seria o Córrego do Espeto, onde se adentra de barco. O restante do trajeto é feito a pé pelas trilhas em meio a mata. A droga segue de caminhão e seria enviada para o Estado do Rio de Janeiro. O entorpecente, segundo investigações, vem do Peru para ser refinado na Bolívia. Em seguida, segue para o Brasil para ser distribuído.

Para os policiais chegarem até o local, houve uma investigação de pelo menos dois anos.  Em 16 de julho de 2021 foi apreendida uma grande quantidade de insumos para fabricação de pasta base e cloridrato de cocaína, fato que chamou a atenção das forças de segurança. Na abordagem, os caminhões encontrados, na carroceria do acetato13 galões, três galões de isapropanol, três galões 200 litros de isapropanol, três galões de 50 litros de ácido clorídrico, três galões de 50 litros de ácido sulfúrico, dois baldes de 20 litros de permanganato de potássio, dois sacos de ureia, totalizando quase 3,6 mil litros de produtos químicos.

As investigações apontaram que o território onde os criminosos exploravam fica às margens do Rio Guaporé. E na divisa, do lado boliviano, fica a grande refinaria. No local é possível ver muitos pousos de aviões, sendo que toda a drogaria retirada da refinaria por barcos e desembarcada em solo brasileiro, na região do Porto municipal de Comodoro (a 644 km de Cuiabá).

Em outubro do ano passado, durante investigação, foi possível confirmar a localização da refinaria. Materiais gravados mostram que, para chegar ao local, isso acontece por dois acessos, sendo o primeiro através de uma trilha que sai da margem do Rio Guaporé até a região da pista de pouso clandestina e do acampamento que fica na distância de aproximadamente 2.500 metros.

O segundo seria adentrando pelo Córrego do Espeto para se chegar até a refinaria. Além dessa pista de pouso, que está em plena atividade, também foi localizada outra pista mais aos fundos, que estava sendo limpa. Foram encontrados vários tipos de combustível e lona, ​​escondidos perto de um tambor localizado na pista que está em uso.

No local havia várias barracas, geradores comunicadores e uma motocicleta Honda Bros que os traficantes utilizam para translado.

PF

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Pista clandestina do tráfico  foi identificada por forças de segurança da Bolívia e do Brasil

A refinaria tem distância de uma refinaria de 4.600 metros da região das pistas e o acesso que os traficantes utilizam para chegar à refinaria seria o Córrego do Espeto, onde se adentra de barco e o restante do trajeto é feito a pé pelas trilhas em meio a mata. No período de seca, segundo o colaborador, o Córrego do Espeto fica com o nível de muito baixo, tendo que arrastar barco pela água em alguns pontos até chegar na trilha em meio a mata. O trajeto, desde a entrada do córrego do Espeto até a refinaria, seria de aproximadamente uns 1.800 metros.

No local havia vários barracos em forma de módulos, pontes em forma de cozinha, oficina, dormitórios, casa do gerador. O gerador fia em um buraco para não ecoar barulho de grande proporção. Vídeo mostra coisas sobre a mesa pendurada em uma madeira, onde possivelmente guardavam armas. Tudo estava em um grande barracão.

As investigações apontam uma grande estrutura, bem preparada e que pelo formato da refinaria, os traficantes vêm trabalhando neste local a muitos anos.

Por: Bárbara Sá

Fonte: RD News

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