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Manifestantes se reúnem contrários a comprovante obrigatório e notificação no MP em caso de vacinação em Rondonópolis

Uma manifestação pacífica foi realizada em frente à Prefeitura de Rondonópolis na tarde desta quinta-feira (03). A mobilização de pais, empresários e autoridades políticas é contrária à obrigatoriedade de apresentação do comprovante vacinal infantil contra a Covid-19 para ingresso de alunos nas unidades de Ensino públicas e privadas do Município. A determinação consta no mais recente Decreto Municipal (nº10.661/2022), publicado nesta semana pelo Poder Executivo.

Com faixas, cartazes, carro de som e palavras de ordem, o movimento reafirma ser favorável à vacinação contra a Covid-19, mas se recusa a acatar o que classificam como imposição política sobre uma decisão familiar. O Decreto da Prefeitura reconhece que a responsabilidade e decisão em vacinar ou não as crianças de 5 a 11 anos no município compete aos pais. Caso não vacinem, entretanto, o ingresso da criança às aulas presenciais estará sujeito a notificação junto ao Ministério Público, “que tomará as providências cabíveis”, frisa o Decreto.

Marchiane Fritzen, empresária e ex-candidata a vice-prefeita nas eleições municipais de 2020 pelo PSL, é uma das personalidades reconhecidas junto ao movimento popular. “Estamos aqui todos indignados com esse Decreto. A manifestação não é contra a vacina, mas queremos ter o direito de decidir pelos nossos filhos. Hoje limitam o acesso à escola, amanhã pode ser supermercado, shopping. Depois o quê mais? “, pondera.  “Não se trata de discurso antivacina. Muito menos de política. Estamos defendendo a segurança dos nossos filhos”, completa.

Imagem: Machiane contra a vacina dos filhos Manifestantes se reúnem contrários a comprovante obrigatório e notificação no MP em caso de vacinação
Marchiane Fritzen – Foto: Varlei Cordova/AGORAMT

Sobre o item do Decreto Municipal que trata da notificação ao MP, pais e mães ouvidos pela reportagem afirmam que estão dispostos a responder, caso haja, de fato, a responsabilização por parte do Poder Judiciário. “Se for preciso, vou responder. Nós, pais e mães, só queremos uma garantia de que vacinar nossos filhos é seguro. As vacinas do Plano Nacional de Imunização (PNI) demoraram anos para serem disponibilizadas. Então como confiar nesta da Covid-19? Tudo o que eu faço é pela minha filha, mas não vou aplicar uma vacina que não me traz segurança”, diz Cristiane Nunes, mãe de uma criança de 11 anos não vacinada.

Imagem: Pais e filhos contra a vacina Manifestantes se reúnem contrários a comprovante obrigatório e notificação no MP em caso de vacinação
Cristiane Nunes e a filha de 11 anos – Foto: Varlei Cordova/AGORAMT

Pai de dois filhos, um de 2 anos e outro de 11 anos, o contador Reginaldo dos Anjos diz que a decisão publicada no atual Decreto é inconstitucional. “A Constituição Federal nos protege e garante que as crianças tenham direito a educação, independente desta situação. Querem é fazer política. O que eu não quero é arriscar o corpo, a vida do meu filho”, argumenta.

Imagem: Pai em protesto contra a vacina Manifestantes se reúnem contrários a comprovante obrigatório e notificação no MP em caso de vacinação
Reginaldo dos Anjos – Foto: Varlei Cordova/AGORAMT

Outro lado 

A reportagem entrou em contato com assessoria de Comunicação da Prefeitura da Rondonópolis que informou que o cidadão tem o direito de se manifestar.

Fonte: AgoraMT

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