
É na semana de votação de projetos importantes para o Executivo que Luiz Inácio Lula da Silva abre o cofre. Só na semana passada, quando a Câmara dos Deputados fez um “esforço concentrado” para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, o Planalto pagou cerca de R$ 8 bilhões em emendas.
Em 4 de julho, quando a PEC foi pautada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lula liberou o pagamento de R$ 2,1 bilhões em emendas. No dia seguinte, véspera da votação, foram pagos R$ 5,3 bilhões aos parlamentares. Em 6 de julho, data da aprovação da reforma, R$ 1,1 bilhão foram destinados aos deputados.
Desde o início do ano, o Planalto já empenhou R$ 16,3 bilhões em recursos indicados por parlamentares. Desse total, R$ 4,4 bilhões já foram pagos. Além disso, o governo pagou R$ 6,6 bilhões de recursos empenhados em anos anteriores, totalizando R$ 11 bilhões já pagos.
O levantamento foi feito pelo jornal Estado de S. Paulo com dados do Siga Brasil, portal mantido pelo Senado
Tudo isso para atender o Centrão e evitar um caos na articulação política. As maiores liberações ocorreram exatamente nos dias de votações estratégicas para o Executivo que não tinham apoio para
serem aprovadas Lula passou a campanha eleitoral do ano passado atacando o adversário, Jair Bolsonaro, pelos pagamentos de emendas de relator, chamado pelo petista de “orçamento secreto”. Segundo Lula, na
época, o mecanismo era uma “excrescência”. A reunião de Lula regada a cerveja e uísque
O petista agradeceu aos parlamentares pelo esforço na aprovação das matérias nesta semana — em especial da reforma tributária. Lula também indicou aos convidados que deverá lançar durante o recesso
parlamentar o chamado novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo relatos ouvidos pelo jornal, o clima do encontro foi amistoso e descontraído. O petista disse que pretende realizar novas reuniões como essa.