Idosa denuncia filho por duas décadas de agressões contra ela em casa entenda

Depois de ser mais uma vez espancada pelo filho, sofrendo fratura da clavícula e possivelmente da mão direita, a dona de casa Salma Omar Fares, 64, vai à imprensa para pedir ajuda, pois acredita que não vai sobreviver a mais um ataque, como o que ocorreu na tarde do domingo (18), na casa em que reside com o agressor, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá. São cerca de 20 anos sendo agredida e, apesar de medidas protetivas anteriores, Salma acredita que pode ser vítima de feminicídio a qualquer momento, pelo filho, que conta com a omissão do restante da família.
O agressor Faruk Farouk Fares, 30, promoveu a última sessão de espancamento por volta das 14h30 do domingo, depois de uma discussão em que exigia que a família lhe entregasse R$ 1 milhão em dinheiro, um apartamento e um carro. A vítima disse que não tem condições de atender as exigências, quando mais uma vez passou a ser alvo da ira do filho. Usando uma faca de cozinha ele passou a ameaçá-la de morte, deixando um corte no pescoço.
Depois de ser agredida, em desespero, a vítima conseguiu correr e ao tentar fugir para a rua, quando passava pelo portão eletrônico, ficou presa nele, quando o equipamento foi fechado por Faruk, lesionando o braço e a clavícula. Mesmo caída e ferida, continuou a ser espancada. “Só não morri porque meu marido chegou na hora”, revela a dona de casa, que foi levada para o hospital privado onde aguarda cirurgia.
Mas o fato de tratar há mais de 10 anos de leucemia, será necessária a avaliação de seu quadro pelo oncologista. Exames mais detalhados irão atestar se a mão e o braço direito estão fraturados, revelou ontem a paciente, que sofreu crises de choro durante a entrevista.
Disse que depois que já estava no hospital o filho telefonou para o marido dizendo: “agora ela apreende”. Salma alega já ter trabalhado até como sacoleira, mas hoje é só dona de casa. Enfatiza que o filho a agride desde a adolescência. Ele não usa álcool e drogas, mas faz uso de medicação controlada, do tipo soníferos e faz acompanhamento psiquiátrico Desta vez foram 30 minutos de tortura, e acredita que se houver uma nova sessão de espancamento não resistirá.
“Ele já avisou que ser for preso, depois que deixar a prisão vai me matar. Por isso quero ir embora de Mato Grosso”, revela a vítima, que lamenta a omissão do marido e da filha advogada. Após receber alta médica pretende ter ajuda para pegar o que é seu de direito e mudar-se para perto dos irmãos.
Fonte: Gazeta Digital