Estudantes de MT representam o Brasil em competição de robótica na África do Sul com projeto para transportar cianobactérias
A FIRST LEGO League Open Africa Championship será realizada de 7 a 9 de maio, na Cidade do Cabo.

A equipe Brotherhood, formada por seis alunos do Sesi Escola Cuiabá, viaja rumo à Cidade do Cabo, na África do Sul, no sábado (3) para representar o Brasil na competição de robótica FIRST LEGO League Open Africa Championship, realizada de 7 a 9 de maio. É a primeira vez que a equipe se classifica para a fase internacional.
Após competirem contra mais de 90 equipes de todo o Brasil e conquistarem o segundo lugar no Festival Nacional Sesi de Robótica, realizado em Brasília, em março, os alunos estão radiantes com a oportunidade de competir internacionalmente e têm se preparado durante dias intensos de treinamento, sem deixar de lado a leveza e a diversão.
O tema da temporada é Submerged, soluções inovadoras para as adversidades enfrentadas por profissionais no ambiente submarino.
A equipe desenvolveu o projeto chamado Cianoporte, uma garrafa de PVC em formato cilíndrico que possibilita o transporte seguro e eficiente de cianobactérias dos recifes de corais até a superfície.
A iniciativa busca criar um sistema que integre controle de pressão, temperatura e luminosidade, garantindo as condições ideais para a preservação e o estudo desses micro-organismos essenciais.
Ao g1, a gerente de projeto e vice-capitã Rafaela Artuzo, de 15 anos, explicou como funciona o Cianoporte na prática.
“As cianobactérias são como microalgas que formam um tapete e cobrem os recifes de corais. Especialistas que trabalham com microalgas precisam transportar as cianobactérias de alguma forma até a superfície, sem que elas morram no caminho. Elas geralmente morrem por variação de pressão, temperatura ou luminosidade, e o projeto busca controlar esses três pontos”, explicou.
👉O Cianoporte foi construído com um termômetro para controle de temperatura, uma placa de LED subaquática para a luminosidade e revestido para suportar a pressão suficiente até chegar aos corais.
A técnica da equipe Tamires Silva explicou que as soluções existentes hoje em dia, geralmente, são inacessíveis devido o custo.
“Os especialistas têm dificuldade em transportar as cianobactérias com vida porque as soluções existentes não tem esse controle de pressão, temperatura e luminosidade em um só produto. A maioria é inacessível, no sentido de preço” afirmou.
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As cianobactérias possuem capacidade fotossintetizante e são cruciais para a manutenção da vida na terra. Segundo Patrícia, algumas espécies são utilizadas para estudos e desenvolvimento de biocombustíveis, cosméticos, medicamentos, entre outros. Além da fertilidade do solo e da água.
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No entanto, outras espécies podem ser prejudiciais à saúde humana e animal, por liberar toxinas na água.
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Ainda faz parte da competição apresentar robôs feitos de LEGO, programados para realizar uma série de missões em, no máximo, dois minutos e meio.
Além da Rafaela, a equipe é formada por Leonardo Araújo (programador e capitão da equipe), 15 anos; Miguel Sant’Ana (programador), 13 anos; Giovanna Flávia (gerente de materiais), 13 anos; Ana Beatriz Pettengil (pesquisadora), 12 anos; e Felipe Queiroz (design criativo), 14 anos. Eles são acompanhados pelas técnicas Tamires Silva e Patrícia Lorêro.
Fonte: G21 Globo